quinta-feira, 21 de junho de 2018

Bico calado

  • Manifestantes cantando "vergonha, vergonha" cercaram a secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, enquanto comia num restaurante mexicano em Washington, DC. Os manifestantes do Democratic Socialists of America, confrontaram Nielsen com gritos como "fim à separação familiar" e "as crianças não comem em paz, você não come em paz". NYTimes.
  • «O senhor Presidente tem de ter em atenção que o que falha, como tem falhado no passado, são as políticas de concentração de riqueza, ditas de austeridade; são as políticas do euro, que retiram competitividade à nossa economia. O partido de que foi líder o presidente, o PSD, tal como o PS, são responsáveis pelo encerramento dos serviços públicos. O Presidente da República vai dar ordem à chinesa Three Gorges, dona da EDP, para reabrir as dezenas de postos de atendimento que encerrou no Interior? Vai dar orientação aos CTT, privados, para não encerrarem mais postos? (...) A sugestão que deixava ao senhor Presidente da República é a seguinte: tire uma selfie com os empresários do PSI 20, que têm as suas holdings na Holanda para pagarem menos impostos, e convença-os a abandonar essas práticas e a investir no Interior do país. Uma selfie importante.» Carlos Carvalhas, in TSF 19jun2018.
Imagem colhida aqui.
  • «Acabaram-se as crónicas a alertar para a possibilidade de um regresso do fascismo: ele aí está, inconfundível e indesmentível. Quando o governo dos EUA separa crianças dos pais para as encerrar em campos de detenção. Quando o ministro do interior da Itália diz que vai fazer um censo para expulsar todos os ciganos estrangeiros e acrescenta que “infelizmente teremos de ficar com os ciganos italianos porque não os podemos expulsar”. Quando o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, faz um discurso dizendo que “nenhum compromisso europeu será possível em matéria de imigração e asilo” porque “a Hungria é contra a mistura” com povos estrangeiros. Quando tudo isto acontece, o regresso do fascismo já se deu. Sem eufemismos e sem pleonasmos.» Rui Tavares, in Tarefas urgentes para antifascistasPúblico 20jun2018.



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