quinta-feira, 3 de maio de 2018

Bico calado

  • Uma repórter da CNN, cobrindo os impactos de um alegado ataque químico na Síria, cheira o interior de uma mochila e diz que «de facto há algo que pica». Tudo feito sem máscara ou outro qualquer tipo de proteção. A cena mereceu a respetiva desmontagem humorística no Jimmy Dore Show. Sublinhe-se que já Robert Fisk denunciara toda a encenação à volta deste alegado ataque químico na Síria. Via The Antimedia.
  • Um ativista dos direitos humanos, professor de direito da Columbia University, foi detido no aeroporto de Tel Aviv para interrogatório, após o qual foi recambiado para os EUA. Common Dreams.
  • O consultório do Dr. Harold Bornstein foi invadido por um grupo de pessoas a mando de Trump para confiscar fichas com dados pessoais sobre o atual presidente dos EUA. Isto ocorreu dois dias depois do médico, entrevistado por um jornal, ter dito que passara, durante anos, receitas de um remédio para estimular o crescimento capital de Trump. NBC.
  • «(…) A afirmação “Há um pacto de silêncio dos partidos sobre Manuel Pinho” é falsa. Sucede pior com o ministro dos vistos Gold, o vice-PM dos submarinos, Miguel Relvas com os 6 milhões de euros dados à Tecnoforma, de Passos Coelho, cuja devolução, por burla, a UE exigiu, e a quem a PGR, contra o que admitiu, perante as provas da UE, não reabriu o processo, quiçá por distração. E que dizer do manto de silêncio sobre os bancos? Essa afirmação podia ser feita, e devia, em relação às ações da SLN/BPN, que um ex-PM comprou e vendeu com substanciais mais-valias, e, mais recentemente, aos casos de Agostinho Branquinho, L. Filipe Meneses, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo, Marco António e Valentim Loureiro, alegados autores do desvio de muitos milhões de euros, em municípios do PSD, revelados na revista Visão [n.º 1278, de 31/8 a 6/9/2017] e ignorados pela PGR. (…)» Carlos Esperança, FB.
  • «(…) Nos países em que a cultura e a arte não conseguem viver e impor-se pela sua relação directa com os povos que as semeiam, cultivam e colhem, das duas, uma: ou o Estado acha que, paciência, temos pena, mas não há nada para ninguém, desengomem-se, mudem de profissão ou emigrem; ou o Estado acha que vale a pena fomentar a vida artística e cultural do seu povo e decide apoiar os seus artistas. Quando isto acontece, quase sempre a maioria dos agentes culturais e dos criadores artísticos, para trabalharem e viverem do seu trabalho, têm de se descobrir e perfilar, como Goethe, de chapéu na mão e cerviz flectida, perante os príncipes do seu tempo. E têm de aceitar os truques, as contumélias e o videirismo que a vida da corte exige e promove, para recolherem algumas migalhas do banquete orçamental. Esquecem uma obviedade muito antiga: não há memória de que povos que não cultivam a arte e a cultura tenham alguma vez parido príncipes cultos e esclarecidos. (…)» Luís Filipe Rocha, in Os artistas e o Estado - Público 2mai2018.

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