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- O Ministério Público está a investigar o alegado desvio de 75 mil euros por parte da coordenadora do serviço administrativo e de atendimento da Câmara Municipal de Ovar, esmiúça o Observador.
- «Aqui há uns anos valentes, um fulano chamado Manuel de Sousa copiou quase integralmente um livro do meu pai, o “Dicionário das Famílias Portuguesas", que com um nome sugestivo fez publicar aos milhares numa "elegante" edição cartonada para ser vendido com o Correio da Manhã. Por isso foi posteriormente condenado à revelia em tribunal, fruto de um processo que lhe foi imposto pela minha família. O biltre, que provavelmente fez outras intrujices, permanece até hoje a monte, incontactável, fui informado há dias oficialmente. Talvez seja o mínimo dos castigos que o malandro se veja impedido de andar às claras e de cabeça erguida na sua própria terra. (…)» João Távora, in Corta-fitas.
- «Durante toda a semana, assistimos a um coro indignado de vozes autorizadas protestando contra o “isolamento” internacional em que Portugal se tinha colocado ao não alinhar a toque de caixa nas sanções convocadas por Theresa May contra a Rússia: em lugar de expulsarmos não sei quantos diplomatas russos de Lisboa, expondo-nos correspondentemente a deixar a nossa embaixada de Moscovo reduzida ao embaixador e ao porteiro, tínhamos apenas, para grande escândalo dos indignados “atlantistas”, respondido ao “crime” cometido por Putin em pleno solo inglês com a simples chamada para consultas do nosso embaixador em Moscovo. Porque, quanto aos factos, dúvidas não restavam que crime havia e que Putin era o seu mandante. E, perante os factos, nós abandonávamos o nosso mais velho aliado e bem sabido amigo, a nossa querida NATO a quem tanto devemos e os nossos amigos americanos, a cuja nossa/deles Base das Lajes devemos o apoio às guerras de Israel e à guerra do Iraque, antes de, infelizmente, se tornar obsoleta para eles e “bye, bye, portuguese friends, limpem o lixo que deixámos e arranjem lá outra ocupação para essa gente que nos serviu”. (…) o embaixador Martins da Cruz serviu dez anos como valet parking dos ilustres visitantes do primeiro-ministro Cavaco Silva, sendo compensado com as correspondentes condecorações dos países de origem de cada um dos ilustres visitantes e depois com o lugar de embaixador em Madrid. Daí saltou para MNE no Governo de Durão Barroso, durante um escasso ano e meio. Foi dos mais breves, ineptos e mal lembrados no cargo, visto que a ele e ao seu chefe se deve o maior embuste, a maior mentira e o maior acto de servilismo em que a política externa portuguesa alguma vez se viu envolvida: a Cimeira das Lajes, em que Portugal serviu como empregado de mesa do jantar preparatório da guerra do Iraque. Com tal condecoração na lapela, o melhor que Martins da Cruz teria a fazer agora era não cair duas vezes no mesmo embuste de acreditar nos queridos aliados antes de ver provas concludentes. Mas talvez tenha sido mais forte o terror de ver alguém de fora da carreira, como Santos Silva, acertar onde ele tinha falhado e mostrar que a política externa é um pouco mais do que a diplomacia do croquete. Pois, a verdade é que tudo indica que Santos Silva — que tem gerido o MNE de forma absolutamente inatacável, sem ponta de arrogância, pesporrência ou precipitação, como tantos dos seus antecessores — mais uma vez acertou. Os ingleses, afinal, não conseguem provar que foram os russos que tentaram matar Skripal, e Theresa May já teve de reconhecer que ou foram eles ou outros em cujas mãos foi parar o gás venenoso. Mas também não conseguem apresentar uma razão plausível para, sendo verdade que os russos o quisessem matar, escolhessem um meio tão complicado e que deixava impressões digitais tão evidentes apontando para eles, em vez de outro meio bem mais simples e eficaz. E, sobretudo, não conseguem explicar qual o interesse de Putin no assassínio de um agente que tinha trocado por outros, nas vésperas das eleições russas e a meses do Mundial de Futebol da Rússia. Já, se quisermos ser desconfiados por igual, o contrário é bem mais evidente: o interesse de May em abafar o escândalo do Facebook/Cambridge Analytica, que pode ter falseado o resultado do referendo do ‘Brexit’ e colocado no poder o gabinete dela, e desviar as atenções internas do mau resultado obtido até aqui nas negociações com Bruxelas sobre as condições para o ‘Brexit’. (…) Miguel Sousa Tavares, in Expresso 7abr2018, via A estátua de sal.
- «Primeiro usaram artifícios legais para expulsarem Dilma da presidência da República, depois seguiram os passos do Golpe, adrede preparado, até levarem Temer à presidência do Brasil. É um corrupto nas mãos de corruptos, boneco articulado com o grande capital e os latifundiários, que tudo fará para evitar a prisão e se manter no poder, apto a vender a Amazónia, os recursos mineiros, os rios e o mar, as indústrias e as comunicações, num regresso à ditadura dos coronéis à paisana. Hoje, os coronéis usam toga, a comunicação social funciona a água benta evangélica e o poder é exercido com a repressão, a usura e o gangsterismo. No Brasil, a democracia foi confiscada por juízes e entregue aos 5% que detêm 90% da riqueza. Ainda houve uns generais que, para não perderem o hábito, ameaçaram os juízes de que interviriam se acaso Lula da Silva não fosse preso. Talvez estivessem combinados. Uns e outros pertencem a esses 5% que acham um exagero os 10% da riqueza desperdiçados com 95% de desgraçados. O crime de Lula e Dilma foi o de quererem corrigir exageros do capitalismo selvagem, talvez lembrados da dureza da guerrilha e da pobreza da fábrica, ou, quem sabe, moles com a miséria alheia, sem respeito pelos poderosos. (…)» Carlos Esperança, FB.
- A ex-presidente sul-coreana foi condenada a 24 anos de prisão por corrupção, conta a RTP.
- Israel matou, desde 2000, uma criança palestiniana de três em três dias.
- Yaser Murtaja, cameraman da palestiniana Ain Media, foi atingido a tiro por um atirador furtivo israelita, tendo «falecido no hospital. Envergava, na altura, a devida identificação de «Press». Common Dreams. Tinha sido subsidiado pela USAID em 11.700 dólares.
- Seis jornalistas palestinianos foram baleados pelo exército israelita durante os protestos de sexta-feira, 6 de abril, na faixa de Gaza, conta o britânico Daily Mail.
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