Bico calado

Foto: Cortesia de John Beatty

• A BBC já ultrapassou a fasquia do tendencioso para penetrar na zona da propaganda, escreve Kerry-Anne Mendonza no The Canary. Em 2013, um estudo da Cardiff University sobre a imparcialidade da BBC, revelava que o partido Conservador merecia mais de 5 vezes o tempo dedicado aos outros partidos e que a BBC era tendenciosa em relação às partes envolvidas no conflito Israelo-palestiniano. Nada era por acaso: em 2012, Raffi Berg, editor da BBC News, instruía os jornalistas, através de orientações transmitidas por email, para favorecer Israel. Nas eleições do partido Trabalhista, a BBC chegou ao ponto de sugerir a retirada de Corbyn. E, perante os resultados, não foi capaz de admitir ter-se enganado nas previsões e de pedir desculpa. «Há um monopólio da riqueza e do poder na nossa sociedade que se traduz diretamente num monopólio dos media. O resultado é uma impressionante falta de diversidade e pluralismo de vozes e opiniões nos media tradicionais. Os media tornaram-se um pouco mais que um monólogo, um monótono implacável - quando, como país e mundo, precisamos de conversar.»

• Os EUA vetaram um pedido feito ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para investigar a morte de 18 palestinianos na faixa de Gaza. Kobi Meidan foi ameaçado de despedimento da rádio e da TV por ter expressado num tuite a «vergonha de ser israelita». O chefe da Comissão de Coordenação da Grande Marcha de Regresso, Zaher Birawi, anunciou a formação de uma comissão jurídica internacional de especialistas em direito que tentará processar Israel por ter abatido manifestantes palestinianos desarmados durante o primeiro dia da marcha. Durante um jogo na Escócia, fans do Celtic levantaram 16 bandeiras palestinianas em memória dos 16 manifestantes palestinianos abatidos a tiro por tropas israelitas.

• Cientistas britânicos do laboratório de pesquisa de defesa de Porton Down não garantem que o produto usado para envenenar Sergei e Yulia Skripal tenha sido manipulado na Rússia, revela o The Guardian.