Foto: Victor Moriyama/Getty Images
- «O golpe aparentemente delineado em Londres pelos serviços secretos da senhora May, com conhecimento directo do ex-secretário de estado norte-americano Rex Tillerson e do presidente francês Emmanuel Macron, está em andamento, apesar de ter sido denunciado e desmascarado em tempo útil. A conspiração assenta num patamar superior de tensão internacional criado pela conjugação dos efeitos da rábula em torno da tentativa de assassínio do ex-espião duplo Skripal e filha e de um suposto ataque com armas químicas na Síria, a atribuir imediatamente às forças governamentais. O plano conspirativo foi conhecido e desmascarado internacionalmente por serviços secretos sírios e russos, o que permitiu a tropas sírias desmantelarem dois laboratórios de armas químicas geridos por terroristas afectos à Al-Qaida. Estes factos ocorreram há quase um mês. Além disso, os episódios da novela em torno da tentativa de assassínio de Skripal e filha estão longe de concluídos – afinal as duas vítimas estão vivas e estabilizadas quando, de acordo com as doses de veneno citadas por fontes governamentais britânicas – mas não segundo a Scotland Yard – deveriam ter morrido imediatamente, sem mesmo poderem deslocar-se a pé até ao local onde foram descobertas e socorridas. Acresce que duas semanas depois de o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, também conhecido pelo «Trump britânico», ter garantido que o veneno usado era de fabrico russo, cientistas britânicos sentiram-se obrigados a desmenti-lo, em nome da seriedade do seu trabalho. Um responsável do laboratório de Porton Down, a 15 quilómetros do local onde Skripal foi descoberto, declarou à televisão Sky News, em seu nome e dos colegas, que não tinham possibilidade de provar que o produto tóxico usado contra o espião reformado fosse de origem russa. (…)» José Goulão, in À beira do abismo, Abril, Abril.
- «(…) A razão pela qual o Facebook nunca foi transparente nas suas políticas de privacidade é porque sabe que se o fosse, nunca teria o sucesso que teve. A empresa sempre se aproveitou da ignorância dos utilizadores e da margem que a tecnologia lhe permitiu para espiar os utilizadores quando estavam a usar a sua aplicação e também quando não estavam.(…)» Diogo Queiroz de Andrade, Público.
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