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- «(…) Por várias ocasiões Marcelo Rebelo de Sousa já esticou o lençol para além dos limites dos seus poderes e não esconde a tentação de ser um líder do país juntando aos poderes presidenciais a capacidade de orientar toda a ação governativa. Usando o populismo Marcelo tem imposto ao governo sucessivas prioridades, em função das circunstâncias anormais que vão ocorrendo. Num dia é o pagamento da dívida no outro as florestas, de vez em quando são os sem-abrigo ou uma qualquer outra causa. (…) A tentação de transformar o PSD na sua marioneta, fazendo deste o seu partido é grande e as idas de Rui Rio a Belém sugerem que em vez de ser o Presidente a chamar o líder do partido para o ouvir, já é o líder do partido que vai a Belém ouvir o Presidente. Pela forma como Rui Rio comenta estas idas e pelo ar dócil de Negrão no parlamento fica-se com a sensação de que o líder do PSD vai a Belém ouvir orientações, conselhos e sugestões. Ao mesmo tempo, alguém de Belém, as tais fontes anónimas do Palácio que Marcelo assegurou que não se iriam ouvir, vão pedindo aos jornalistas para que escrevam que o Presidente não quer uma maioria absoluta. O mesmo Marcelo que em 2017 escreveu no site para elogiar as maiorias absolutas de Cavaco Silva, parece agora dividir para reinar (…)» O Jumento.
- «(…) Passos Coelho vai dar aulas de Administração Pública no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa. (…) Actualmente, ninguém pode ser contratado para leccionar no ensino superior não sendo possuidor de um grau de doutoramento. Por tal ser exigido, foram afastados da Universidade, a partir de 2014, muitos docentes que, não tendo concluído o doutoramento, tinham contudo mais que trinta anos de leccionação, ou seja tinham dado provas mais que suficientes de comprovada experiência pedagógica e capacidade científica. Logo, cumprindo esta exigência, o licenciado Passos Coelho, jamais poderia ser contratado. Mas, há outra possibilidade aberta na lei, e deve ser com base nela que Passos vai ser contratado, apesar de existir um manifesto abuso na aplicação dessa prerrogativa legal ao caso de Passos Coelho. Refiro-me ao chamado regime decontratação de professores convidados, regulado no Artº 15 do ECDU (..:)para Passos poder ser convidado, terá, de acordo com o preceito legal acima, ter reconhecida competência científica e pedagógica comprovada curricularmente. Mas onde é que o curriculum de Passos prova isso? Será que ter sido primeiro-ministro é prova de conhecimentos em Administração Pública e Economia, ao que parece as áreas em que Passos vai leccionar? Ainda por cima vai logo para o topo da carreira, vai ganhar como catedrático sem ter feito nem o mestrado, nem o doutoramento, sem ter feito provas de agregação, sem provas para catedrático? É evidente que isto só sucede porque, favores com favores se pagam. O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa é um antro do poder laranja. Como diz a notícia, “o ISCSP é presidido por Manuel Meirinho, ex-deputado eleito como independente nas listas do PSD nas legislativas de 2011, o acto eleitoral que levou Passos para o Governo. Meirinho abandonou a Assembleia da República em Maio de 2012 para assumir a presidência do ISCSP (…)» Estátua de sal, in Uma vergonha pedagógica de duvidosa legalidade. Ironia: vai dar aulas de Economia e de Administração Pública quem mostrou não saber que regimes de trabalho devem pagar contribuições à Segurança Social.
- «(…) O ruído sobre a docência de Passos Coelho é a cortina de fumo que esconde a vergonha do emprego da deputada Maria Luís, em Londres, e adia o pagamento de favores que o seu governo fez a certo capital, que não costuma ser ingrato.» Carlos Esperança, FB.
- O governo de Passos-Portas perdoou 5,7 milhões à Cofina, mas o grupo ainda deve 13,5 milhões ao fisco.
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