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- «(…) E não posso esquecer a figurinha do eurodeputado Paulo Rangel que gastou várias páginas do jornal Público a derrubar o embuste da ideia de Centeno presidir ao Eurogrupo, porque ninguém importante, aliás ninguém em absoluto falava nisso, o que só prova uma de três coisas sobre Paulo Rangel em Bruxelas: ou não conversa com ninguém importante; ou as pessoas importantes não lhe dizem nada que interesse; ou ele é que não anda lá a fazer nada de interessante. Porque não entendeu o que se estava a passar na União Europeia até ter de engolir este Mário e os seus resultados, que alteraram a visão europeia sobre a estupidez económica da austeridade. (…) Rui Cardoso Martins, FB. Versão áudio em O Fio da Meada, Antena1 de 6dez2017.
- «(…) Mas a ver António Costa acompanhado de empresários para visitar uma monarquia despótica onde os dirigentes sindicais são presos, lembro-me como gostaria de ter um primeiro ministro que um dia viajasse acompanhado de comissões de trabalhadores e sindicatos (democráticos, claro), e falasse de direitos laborais, culturais, sociais e humanos em vez de "oportunidades de negócios". Esta ideia de que a função de um Governo é viajar num avião carregado de empresários, que se tornou moda nos últimos anos, é mais um daqueles absurdos que já todos tomam por normal e eterno - sempre terá existido. Falso. O "desde sempre", só para esclarecer, tem poucas décadas, há 30 anos os impostos eram sobretudo para o Estado prestar educação, saúde, cultura; e as empresas privadas, como privadas que são, faziam sozinhas os negócios que queriam e podiam, no avião deles, não esperavam boleia do Governo, que actua assim no estrangeiro como um "facilitador de negócios privados" para usar uma expressão conhecida do jornalista Gustavo Sampaio. O Estado só faz sentido enquanto instituição se o dinheiro que colecta é público e destinado a serviços públicos - a desejos privados deve corresponder dinheiro privado. (…)» Raquel Varela, FB. https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10210787154530029&id=1085430783
- «Diz João Soares: Jerusalém é, de facto, a capital do único Estado democrático da região, Israel. Lá estão, e funcionam em perfeitas condições de tranquilidade democrática, o Parlamento, a maioria dos Ministérios, Tribunais independentes, Presidente da Republica, órgãos de comunicação social livres. “ (…) As palavras do João Soares são as mesmas que ouvi em 1971, em Nampula, ao general Fraser, chefe do estado maior das forças de segurança e defesa da África do Sul (SADF) para justificar e elogiar o apartheid no seu país. Lembro-me de, na altura, me ter interrogado sobre o lugar dos negros nessa simpática e funcional democracia, com todos os ingredientes que os ingleses tinham deixado aos colonos da colónia do Cabo e que estes impuseram aos boers. Acresce que, não existindo esses belos e puros instrumentos de exercício democrático em Portugal, nas colónias portuguesas pelo menos os negros não estavam legalmente proibidos de andar de autocarro com brancos e de se sentarem nos bancos da frente, as escolas eram mistas... Enfim, Israel é a democracia mais parecido que conheço com a democracia do apartheid da África do Sul... tirando as legendas "Not blanks" - só para brancos e o "only for jews", claro. Mas os negros, tal como os palestinianos, necessitavam de uma autorização para se deslocarem nas zonas dos brancos, só o podiam fazer a certas horas, eram revistados, tudo dentro da lei e da mais perfeita democracia...» Carlos Matos Gomes, FB. https://www.facebook.com/carlos.matosgomes/posts/1528835843829018
- «Os media portugueses estão a afundar-se há muito num pântano de auto descredibilização já várias vezes denunciado. O professor Nobre Correia, crítico insistente, voltou a chamar a atenção para o comportamento dos comentadores, a propósito da candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo. Entre todos, o conselheiro de Estado Marques Mendes distingue-se pelo modo tonto com que sempre abordou o assunto na sua banca televisiva e pela falta de respeito para com o ministro das Finanças. Que um conselheiro de Estado não dignifique as suas funções é um desses acidentes que podem acontecer, mas que ninguém aconselhe o enfatuado conselheiro é algo que escapa à compreensão de um ingénuo mortal.» JAG, CJ. http://www.clubedejornalistas.pt/?p=14405
- «A propósito da eleição de Mário Centeno para Presidente do Eurogrupo, dizer-se que a eleição de qualquer Português para um alto cargo internacional é um motivo de grande honra para o País. (…) A eleição de Guterres para Presidente da ONU, por exemplo, foi obtida com toda a competência e HONRA e todos fomos testemunhas do brilhantismo das suas intervenções aquando das audições prévias à votação. Guterres tal alcançou não por ser Português, mas pela sua competência e HONRA! (…) O ser Português, Letão ou Luxemburguês, é secundário e tanto assim é que um Português foi por duas vezes nomeado Presidente da Comissão Europeia- e é mais que legítimo perguntar se de tal beneficiou Portugal ou se o nosso País saiu mais prestigiado desta nomeação- e aqui, aqui sim, sem qualquer honra ou glória. A sua nomeação, porque de uma nomeação se tratou, não adveio de um qualquer reconhecimento por quaisquer méritos ou feitos, mas como um pagamento, ou prémio, por um serviço sujo prestado: o de ter aceitado ser cicerone activo, e até protagonista, daquela cimeira da vergonha, de um dos actos mais vis que a História pode contar, a cimeira das Lages onde, ele e mais três autênticos vilões, deturparam a realidade e promoveram uma sangrenta guerra que alterou, por muitos e muitos anos, a vivência mais ou menos tranquila de uma região deveras importante na geostratégia mundial. A isto chama-se desonra! (…) A eleição de Mário Centena, (…) é um triunfo dele próprio, da sua competência, da sua afirmação e da sua HONRA! A sua eleição (…) não foi obtida pela cedência, mas pela afirmação! A afirmação do protagonista de uma política económica alternativa à então vigente. (…)» Joaquim Vassalo Abreu in Da honra e da desonra! - À esquerda do zero. https://aesquerdadozero.wordpress.com/2017/12/05/da-honra-e-da-desonra/
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