Foto: Kevin Horan/Pictura Gallery
- «(…) O que me surpreende é o silêncio sobre o aniversário do homem que tanto se esforçou por manter esta direita no poder, que conspirou contra o PS, inventando falsas escutas, e ameaçou com o caos o apoio do BE, PCP e PEV ao atual governo. Por mais roteiros que publique, por mais fel que destile contra a esquerda, passou a ser um ativo tóxico para a própria direita. Esperava-se dos protegidos uma excursão à praia da Coelha, um bolo de aniversário e vozes afinadas a cantarem-lhe os parabéns. Nada disso. Na ingratidão do silêncio vê-se a natureza desta direita. Há 78 anos nasceu no Poço de Boliqueime Aníbal Cavaco Silva.» Carlos Esperança, FB.
- «(…) Nove anos depois, o Conselho de Justiça da FPF reconheceu que o processo Apito Final ( que deu origem ao Apito Dourado) foi uma invenção de Ricardo Costa, o juiz benfiquista que aplicou dois anos de suspensão a Pinto da Costa e subtraiu seis pontos ao FC do Porto, por alegada tentativa de corrupção do árbitro Augusto Duarte. (Lembro aos mais distraídos que a acusação alegava que o FC do Porto tinha corrompido um árbitro para não perder o jogo da última jornada em Aveiro, num campeonato em que chegou à última jornada com 20 pontos de avanço sobre o segundo classificado). É verdade que o FC do Porto e Pinto da Costa já tinham sido ilibados pela justiça civil no processo Apito Dourado mas, como na justiça desportiva quem manda é um bando de traficantes vermelhos, só agora o CD veio reconhecer o erro (em minha opinião não foi erro, mas sim invenção arquitectada por um juiz benfiquista que agiu de má fé) É verdade que Pinto da Costa já cumpriu a pena e o FC do Porto não será ressarcido, mas a verdade foi reposta. Porquê nove anos depois? A resposta parece-me evidente. Perante o caso dos mails que provam como o SLB interferiu na classificação e nomeação de árbitros e sobre eles exerceu coacção, o CJ da FPF quer varrer rapidamente para debaixo do tapete este escândalo gerado na Luz, porque têm medo de Pedro Guerra e Luís Filipe Vieira. (…)» Carlos Barbosa de Oliveira in Apitó comboio.
- «(…) Ver Macron a desfilar entre gendarmes de espada perfilada em Versalhes e a falar da “grandeza” da França é somente banal. O que é mais revelador é o contorcionismo político de um homem que há dois anos explicava que o que falta em França “é a figura do rei, cuja morte creio que, fundamentalmente, o povo francês não desejava” (é mesmo a Luís XVI que se refere!), e que se lança agora no projecto de remodelação das relações sociais que a direita sempre temeu promover ou a que faltaram forças para impor. Uma e outra, a figuração presidencial no registo monárquico por parte de alguém que se faz alcunhar “Júpiter” entre os funcionários do palácio, e a ambição de destroçar a contratação colectiva e a organização sindical, impondo uma negociação na empresa onde os trabalhadores são mais vulneráveis, revelam uma forma de governar: cesarista e autoritária. Resultando de um saldo eleitoral tão magro, pois os votos de confiança em Macron foram 24% na primeira volta das presidenciais e depois cerca de 30% na primeira volta das legislativas (com mais de metade de abstencionistas), estas vitórias deram-lhe uma esmagadora supremacia institucional, com dois terços do parlamento, através do truque do sistema eleitoral. Mas não lhe deram a supremacia social. Uma parada não resolve a França. (…)» Francisco Louçã in Macromania, Público.
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