Imagem colhida aqui.
«Mas, aquilo que os manuais do Vaticano não dizem é que quem quer tentar elevar um ser querido às honras dos altares deve despender muito dinheiro. Cada causa tem a sua história e os custos são variáveis: o montante final depende do honorário do postulador, da dificuldade e dos tempos necessários para passar pelo crivo a documentação, de eventuais pedidos de aprofundamento e das viagens necessárias à recolha de informações. Mas, vendo os documentos de centenas de práticas do período que vai de 2008 a 2015, geralmente trata-se de dezenas, muitas vezes de centenas de milhares de euros. Também a lista das despesas fixas é impressionante: vai das taxas e dos direitos a pagar à Santa Sé aos custos das traduções (no final a positio deve ser entregue inteiramente em latim), das consultadorias por teólogos e estudiosos às perícias médicas, até decretos (sobre o martírio ou sobre o milagre), às despesas para o congresso dos teólogos e o dinheiro para a organização da cerimónia de beatificação e canonização: só para a jornada de beatificação do filósofo Antonio Rosmini, segundo um folheto distribuído em 2003 pelo então postulador da causa, teriam sido gastos 375 mil euros.»
Emiliano Fittipaldi, Avareza – Saída de Emergência 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário