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«Os resultados da reunião da Bilateral ficaram aquém do esperado porque os EUA não se comprometeram com calendários reclamados pela parte portuguesa, encabeçada pelo Presidente do Governo açoriano, em matéria de descontaminação dos solos da Terceira provocada pela presença contínua das forças militares durante mais de meio século, sobretudo originada pelo reabastecimento de aeronaves. Vasco Cordeiro ter-se-á esforçado, mas a já tradicional estratégia norte-americana de não comprometimento com nada de concreto venceu, mais uma vez.
(…) devemos endurecer o discurso com Lisboa. Aliás, Lisboa - como vem sendo hábito - trata este assunto com desinteresse, manifesto na ausência do ministro dos Negócios Estrangeiros da reunião de Washington. (…) O ministro socialista terá preferido ir ao beija-mão a Fátima em vez de ir a Washington defender os interesses de Portugal, mais em concreto o interesse açoriano.
(…) Quem tem de resolver o problema da descontaminação dos solos na Terceira é Lisboa, que sempre foi a maior beneficiária direta (material e imaterial) da presença norte-americana nas Lajes. Se Lisboa acha que devem ser os EUA a assumir a despesa que o exija, que se mexa diplomaticamente, que negoceie, que faça trinta e um por uma linha. Os terceirenses têm o direito se serem ressarcidos do facto de terem o seu solo contaminado, que pode hipotecar a qualidade das suas águas no próximo futuro.
(…) É ao nível dos Negócios Estrangeiros que as coisas se resolvem. Ora dá-se o caso de termos um Primeiro-Ministro "amigo" dos Açores e de um líder da bancada parlamentar que foi presidente desta Região [Carlos César]. Vamos capitalizar isso ou endurecer o discurso.»
in Lisboa precisa de discurso duro, editorial do Diário Insular de 16mai2017.
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