S.Miguel, Açores. Foto de Luís Filipe Matos 15abr2017.
«1. Em 2001, Pedro Guerra publicou uma notícia com matéria factual sobre um problema de Luís Filipe Vieira com a justiça. Uma semana depois, almoçou com Vieira e 'rendeu-se' ("fiquei rendido àquele homem"). Alguns anos depois, tornou-se seu assalariado. 2. A relação de Pedro Guerra com alguns elementos do aparelho judicial, nomeadamente procuradores do Ministério Público, era tão próxima que "chegavam a emprestar-lhe os originais dos processos para ele fotocopiar. Se os papéis se perdessem, acabava-se o processo". 3. Por vezes, o jornalista Pedro Guerra só confrontava as pessoas visadas nas suas notícias "a horas tardias, o que não lhes dava margem para responder. E ele lá escrevia 'Contactado pel'O Independente, não reagiu'". Esta acusação em concreto é confirmada por Pedro Guerra: "A partir de determinada altura, percebemos que, se confrontássemos os visados com muita antecedência, queimávamos a história". 4. Enquanto assessor de imprensa, Guerra esforçar-se-ia por condicionar as notícias publicadas sobre o ministério que integrava: avisava previamente os jornalistas que lhes faria chegar informação; esta era enviada em cima do fecho das redações, para que houvesse pouco tempo para ser trabalhada; supostamente, a informação vinha já redigida "em forma de notícia já escrita e adaptada ao jornal a que cada um pertencia" (Guerra nega esta acusação). 5. Por vezes, Guerra não convocaria para conferências de imprensa jornalistas que considerava mais incómodos. 6. Por engano, chegaram a jornalistas sms's de Guerra dirigidos a outras pessoas a solicitar que interviessem no fórum da TSF "a dizer bem de Paulo Portas".» Os truques da imprensa portuguesa, a propósito de um texto do Observador.
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