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Conseguimos a transparência fiscal no Paquistão. Porque não se consegue nos outros países, pergunta Umar Cheema em artigo publicado no Guardian.
Em 2011, 70% dos deputados paquistaneses não declaravam os seus rendimentos ao fisco, havendo 1 em 5 deputados que nem sequer tinha número fiscal. O debate público fez com que, passado um ano, a percentagem baixasse para 50%, havendo 1 em 11 deputados sem número fiscal. Em 2014 o governo começou a listar na sua página oficial, por ordem alfabética, os impostos pagos pelas empresas e pelos cidadãos. Nada de especial: a Noruega, a Suécia e a Finlândia fazem isso há décadas. Porém este combate não é fácil. Em 2012, David Cameron apregoou que o seu governo iria publicar as declarações de rendimentos dos seus ministros, mas isso demorou 4 anos e mesmo assim foi só depois do escândalo das revelações dos investimentos do seu pai em offshores. Agora, Trump recusa-se a publicar a sua declaração de rendimentos. Por isso, Umar Cheema, com 20 jornalistas de investigação, reuniram em Londres e enviaram cartas a 7 mil políticos de 20 países, pedindo-lhes que declarem os seus rendimentos sob pena de serem publicamente humilhados.
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