«Acho normal que um país procure saber os recursos que tem e não encontro nada de estranho na existência deste furo de pesquisa a 45 quilómetros da costa”, afirmou João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, ao Expresso, sobre o que pensa da prospeção de petróleo ao largo da Costa Vicentina.
Esta tirada fez-me imaginar o nosso ministro do Ambiente a serrar um ramo de árvore onde está sentado. Precisamente quando está mais que provado que os combustíveis fósseis são extremamente poluentes e responsáveis pela emissão de gases de efeito de estufa, precisamente depois de tanta cimeira climática, de tanto compromisso na redução das emissões, o senhor ministro do Ambiente vem achar normal a extração de gás e petróleo no nosso território. Que grande contradição. Que grande pontapé no pódio onde Portugal se encontra em termos de produção de energia a partir de fontes renováveis. Que grande bofetada no nosso orgulho, senhor ministro. Isso não se faz.
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