domingo, 5 de fevereiro de 2017

Nuclear: Partículas radioativas de Almaraz chegam ao rio Tejo

Resposta de um urso polar branco à curiosidade dos cientistas.
  • Partículas radioativas da central de Almaraz chegam ao rio Tejo, diz o Público citando o último relatório, relativo a 2014, disponibilizado pelo Laboratório de Segurança Radiológica. As águas registam níveis de trítio superiores às detetadas noutros rios do país e, em Valada do Ribatejo, chega com cerca de 80% menos de trítio do que quando passa em Vila Velha de Rodão, a localidade portuguesa mais próxima da central. O relatório diz que os valores de trítio são superiores ao valor normal, mas sem significado do ponto de vista dos efeitos radiológicos.
  • A licença para avançar com prospeção e extração de gás e petróleo ao largo de Aljezur motiva coro de protestos. A Quercus pergunta para que serviu a petição assinada por mais de 42000 cidadãos e instituições contra a prospeção e exploração de petróleo no Algarve. A Quercus defende que o governo tem fundamentos legais para extinguir contratos: «O Decreto-Lei nº 109/94, regulador da atividade, é taxativo quanto ao incumprimento injustificado do plano de trabalhos ser motivo de rescisão. O 61º artigo diz que são fundamentos de rescisão dos contratos de concessão a inexecução injustificada dos trabalhos da prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção nos termos constantes dos planos e projetos aprovados. As objeções apresentadas na consulta pública apontaram igualmente fundamentos legais para a não autorização do furo, bem como as ilegalidades respeitantes ao contrato». Vítor Neto, da Associação Empresarial da Região do Algarve repudiou a autorização e considera que «os responsáveis políticos não podem ignorar que as receitas externas geradas pelo Turismo constituem o principal sector exportador de bens e serviços do país (17 por cento do total nacional – cerca de 12500 milhões de euros), e que o Algarve contribui para cerca de 50 por cento desse valor. Sem ele, não haveria saldo positivo da Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal». Também a Comunidade Intermunicipal do Algarve repudia a recente atribuição de Licença ao consórcio ENI/GALP para a pesquisa de petróleo ao largo de Aljezur e avisa que «os municípios algarvios continuarão a luta política e judicial, tendo sobre este contrato interposto providência cautelar desde 14 de julho de 2016, que corre trâmites no tribunal administrativo círculo». Barlavento.
  • A WWF assumiu a coordenação da Coligação C6 para 2017, respeitando o princípio da rotatividade e substituindo a SPEA que coordenou em 2016 a coligação (precedida em 2015 pela LPN). A C6, coligação portuguesa de ONGs de Ambiente, criada em 2015, é formada pelo GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWF em Portugal com o objetivo de atuarem a uma única voz junto da sociedade civil e das instituições públicas e governamentais na defesa, proteção e valorização da Natureza e da Biodiversidade em Portugal.

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