sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Bico calado

Schwarzenegger responde a Trump.
  • «A opinião pública da Finlândia também se opôs aos pacotes de apoio a Portugal e à Grécia; estes pacotes foram uma das principais razões para o partido populista de direita True Finns ter conseguido tantos votos nas eleições de 2011 e 2015». Ville Ylikahri in Green Observatory.
  • A Reuters reconheceu esta semana os desafios da cobertura da presidência de Donald Trump comparando-a com regimes autoritários. «Não é todos os dias que um presidente dos EUA considera os jornalistas «entre os seres humanos mais desonestos do mundo» ou que o seu líder de estratégia rotule os media de «o partido da oposição», escreveu o editor chefe da Reuters Steve Adler numa mensagem a todos os seus colaboradortes. Referiu o trabalho da agência na «Turquia, Filipinas, Egito, Iraque, Iémen, Tailândia, China, Zimbábue e Rússia» como um exemplo de como informar sobre a administração Trump. Adler acrescentou que os repórteres podem usar a experiência aprendida em «nações em que às vezes encontramos alguma combinação de censura, acusação legal, negação de vistos e até mesmo ameaças físicas aos nossos jornalistas». Depois de menosprezar o acesso a fontes oficiais, sublinhou a importância do acesso a fontes do povo: «Entrai pelo país, aprendei mais como o povo vive, o que ele pensa, o que os ajuda e o que os magoa, e descubram como reagem ao governo e às suas ações. Nunca se intimidem perante a administraçãoRaw Story.
  • «O gesto de Sally Yates é o reverso da obediência que Hannah Arendt identificou entre os burocratas criminosos que sustentaram a tirania nazi. Se o povo desesperado eleger xenófobos a minoria tem direito e o dever de boicotar, por todos os meios, políticas xenófobas. Porque, sendo a xenofobia contrária aos valores democráticos, não se pode invocar a democracia para a impor. Se a maioria quiser discriminar as minorias todos temos o dever de o impedir. Porque a democracia não é a ditadura da maioria. Se um governante for inimigo da democracia é dever dos democratas travá-lo sem qualquer hesitação. Porque os limites do poder democrático são o respeito pelos valores em que a sua legitimidade se sustenta. Resistir a Donald Trump ou a Marine Le Pen, nas urnas mas também na rua, pela lei mas também pela desobediência, é respeitar a memória de todos os que morreram no século XX às mãos do racismo e da intolerância. Sally Yates foi apenas a primeira». Daniel Oliveira. FB.

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