O agente teológico do Observador e da Lusa.
- Notícias plantadas, mentiras, deontologia jornalística e escrutínio democrático, por Fernanda Câncio – DN 27fev2017.
- «Só foi pena Núncio só ter assumido a responsabilidade após ter começado por dizer que não sabia de nada, após ter dito que a culpa foi de um erro informático, após ter sido implicado no caso pelo Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, e após ter sido desmentido pelo ex-Diretor-Geral do Fisco, Azevedo Pereira. Tirando o facto de que começou por negar tudo, de que culpou os computadores e de que foi apanhado a mentir por altos responsáveis do fisco, este caso vem provar que Núncio, realmente, é mesmo um grande homem.» Uma página numa rede social, FB.
- «A Madeira "é um puro ninho de corrupção, um viveiro do crime organizado", afirma João Pedro Martins, para quem a principal ilha do arquipélago, situado no oceano Atlântico, funciona como uma espécie de "bordel tributário para as multinacionais não pagarem impostos". Segundo o perito português, "o caso (dos negócios) de Isabel dos Santos funciona não só para isso – como com a Sonangol". O economista explica que "a Sonangol aqui tem uma diferença; é que tem duas empresas – a Sonaserge e a Sonaserve. Não tem o problema de fuga aos impostos, porque é uma empresa com capital cem por cento do Estado angolano. Tem depois outras questões que são de lavagem de dinheiro". O autor do livro "SUITE 605" sobre o paraíso fiscal da Madeira adianta que a filha de José Eduardo dos Santos usa para tal a Niara Holding, uma empresa fantasma incorporada na ilha, criada inicialmente com capital social de 6 mil euros. "É através desta empresa sediada no offshore da Madeira que vai controlar o conglomerado de empresas que estão em Malta e que por sua vez vem colonizar Portugal a nível financeiro. Portanto, Isabel dos Santos detém neste momento uma percentagem significativa de ações em diferentes bancos portugueses, domina a área das telecomunicações e, portanto, o que nós estamos a assistir é uma colonização de dinheiro sujo que está a invadir a nossa economia e que está a estrangular setores vitais de Portugal". Pedro Martins acrescenta que a ligação de empresas de Isabel dos Santos ao offshore da Madeira tem fins perversos, enquanto "os senhores da guerra que estão no poder (em Angola) privam a população local de direitos básicos como a alimentação, a saúde e a educação". O economista ressalta que "Angola tem petróleo, tem diamantes e tem ouro, mas está nas mãos de uma elite corrupta". Por sua vez, o diretor executivo da Transparência e Integridade – Ação Cívica (TIAC), João Paulo Batalha, considera que "há uma promiscuidade enorme entre o fisco, o Governo regional (da Madeira) e o Centro Internacional de Negócios", o que ajudaria a explicar a facilidade com que Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, a Sonangol, entre outros, lá abrem empresas offshore, sem quaisquer controlos ou verificações sobre a origem dos capitais investidos e os riscos de branqueamento de capitais inerentes. "E isto está a acontecer com a cumplicidade objetiva das autoridades da Madeira e com o silêncio das autoridades nacionais", afirma João Paulo Batalha. João Paulo Batalha chama atenção para o fato de a Madeira ter um Produto Interno Bruto (PIB) que não condiz com a realidade vivida na ilha. "É um PIB muito inflacionado pelos lucros que são reportados pelas empresas do offshore da Madeira, mas esses lucros não são verdadeiramente investidos lá. Quando se vai àquela região, vê-se a forma como as pessoas vivem. A Madeira continua a ser uma das regiões mais deprimidas, com mais pobreza, com mais desigualdade, e torna-se absolutamente evidente que o Centro de Negócios não só não contribuiu para aliviar essa pobreza, como está a contribuir para alargar essa desigualdade", denuncia.» DW.
- «Se se mudam para Portugal porque gostam de fado ou vinho verde ou porque adoram o clima, então devem poder fazê-lo. Mas se se mudam só para evitar o pagamento de impostos, então acho que devem olhar ao espelho e pensar sobre se querem mesmo tomar essa decisão (…) as pessoas devem pagar impostos ou em Portugal ou na Suécia (…) é inaceitável que o sistema português não cobre impostos [a estes reformados].» Magdalena Andersson, ministra sueca das Finanças, citada pelo JN.
- Dois antigos dirigentes do banco do Vaticano foram condenados a quatro meses e 10 dias de prisão por violarem as normas contra a lavagem de dinheiro em transações financeiras feitas em 2010, conta o DN.
- Rodrigo Rato, ex ministro da Economia e das Finanças do governo de José María Aznar e antigo diretor-geral do FMI foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por delitos fiscais. Rato lesou o Estado espanhol em 6,8 milhões de euros enquanto foi líder do Caja Madrid. Observador.
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