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- «Afinal os Reis Magos vieram mais cedo. Embalados pelos dotes divinatórios de Passos Coelho os portugueses em Dezembro abriram os cordões à bolsa e resolveram tirar a barriga de misérias. A confiança dos consumidores subiu em flecha e atingiu o valor mais elevado dos últimos dezasseis anos. Desde o ano de 2000 que não se via nada assim.» A estátua de sal.
- «Parece que o Banco de Portugal, ou Sérgio Monteiro, ou comentadores que transportam o recado estariam decididos a tentar forçar a mão do Governo para a impor a venda imediata do Novo Banco. Os felizes contemplados poderiam ser a Lone Star ou, se um golpe de teatro ainda o permitisse, o consórcio Apollo-Centerbridge, agora reforçado pelo carinho da família Violas, que anda de candeias às avessas com o BPI. (…) Mas a solução é má, por três razões. A primeira é que os potenciais compradores são flibusteiros, ou aventureiros provados no mar alto da finança mundial. O fundo texano Lone Star nasceu na crise dos anos 1990 e lançou-se com o crash dos tigres asiáticos, comprando propriedade imobiliária e empresas em dificuldades. O seu negócio é a dívida e a destruição de empresas ou a sua venda a curto prazo. O fundo Apollo, como o Centerbridge, gerem em conjunto o triplo dos valores, mas seguem o mesmo caminho: juntar fundos de pensões ou outros investidores para comprar dívida e conseguirem rentabilidades de curto prazo. Esta Apollo foi fundada por Leon Black, o braço direito de Michael Milken, o rei dos junk bonds, que veio a ser condenado à prisão em 1989 por crimes vários.» Francisco Louçã in Novo Banco: flibusteiros à abordagem – Público 4jan2017.
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