Foto de Marlon du Toit.
- A entidade reguladora das águas da Irlanda aumentou os pagamentos de bónus aos seus colaboradores em 15%, apesar das receitas terem baixado imenso. The Irish Timnes.
- Em 2016, todos os 6 prémios Nobel dos EUA são imigrantes, conta o The Independent.
- «Provocou alguma comoção a transmissão de uma conversa pessoal sussurrada entre dois ministros num jantar de Natal. Disse um para o outro que a concertação social seria assim como uma “feira de gado” e deu-lhe os parabéns pela conclusão de um acordo nessa “feira”. (…) Ao longo das semanas anteriores ao acordo sobre o Salário Mínimo, as associações patronais negociaram os dinheiros com uma avidez que só comprova que se sentiam na feira. Saraiva chegou a dizer que os 557 euros “ameaçam” a concertação social, depois que 1% de aumento do Salário Mínimo seria adequado, logo 535, depois que nunca devia passar dos 540. Disse depois que podia ser mais, mas “depende das contrapartidas”. Acrescentou finalmente que o SMN pode subir, desde que as leis laborais não desçam. No fim das contas, o patronato conseguiu que o governo pague cerca de 7 dos 17 euros que fazem a diferença entre o que declarava aceitar e o que veio a ser decidido. Tudo na TSU é provisório, esclarece o ministro, mas o certo é que a parte do salário paga pelo Estado aumenta pelo segundo ano. E o governo, que se comprometeu em programa jurado que haveria 580 em 2018 e 600 euros em 2019, preferiu deixar agora esses valores em suspenso. Portanto, uma feira. Mas a feira tem outro aspecto, que é a prosápia. A concertação social é a ficção de um universo paralelo à decisão democraticamente controlada: ali respeitam-se os beneméritos que são os donos da economia nacional, ali entende-se que o empresário é que move a terra, ali compensam-se os patrões se tiverem que pagar salários mínimos ou impostos mínimos, ali aceita-se um direito de veto pela força do dinheiro. Ali não vigora o peso das eleições ou os governos constituídos, ali há uma ordem suprema, que é a da propriedade. Exactamente como na feira, o comprador e o vendedor têm que parecer o que não são para conseguirem o preço que não merecem. Santos Silva tinha razão, essa é que é essa.» Francisco Louçã in Mas é mesmo tipo uma feira, não é? – Público 30dez2016.
- «Esta quadra festiva teve a particularidade de servir a Marcelo Rebelo de Sousa para explorar até à náusea a disponibilidade dos portugueses para aceitarem as manifestações que lhe são típicas, e que ele utilizou para reforçar a sua agenda política. A menos de um ano das eleições autárquicas e com o seu partido em completo desnorte, o aproveitamento que fez da agenda presidencial e os graus de liberdade que ela proporcionava é por demais indicativo das suas intenções para 2017. (…) Recuperar a direita, principalmente o PSD, para dentro das fronteiras do poder governamental em 2019 é, desde o primeiro dia das suas funções, o objectivo estratégico que nunca deixou de estar presente na agenda política de MRS. Para o efeito tem consciência de que tem de investir em dois tabuleiros, os quais, tanto quanto possível, hão-de saber distinguir-se no que divergem e no que concordam: o tabuleiro do apoio ao governo, parasitando-o naquilo que sabe serem medidas que têm apoio da população, e o tabuleiro da quota de popularidade onde se joga o poder mediático de influência na vida política. (…)» Cipriano Justo, in Ginginha e bolos-rei – A vaca voadora.
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