Ribeira Grande, SMiguel-Açores. Foto de Renato Pires 2out2016.
A mineradora canadiana Nautilus vai explorar o fundo do oceano junto da New Ireland, uma das ilhas da Papua Nova Guiné. Promete contribuir substancialmente para a melhoria das condições de vida de muitas comunidades locais que ainda não têm eletricidade, saneamento, telefone e automóvel.
Em troca, vai extrair ouro, cobre, zinco, cobalto, níquel e outos minerais em concentrações 10 vezes superiores às encontradas em terra firme. Ambientalistas e cientistas marinhos consideram estes projetos extremamente perigosos para o equilíbrio de ecossistemas e espécies sobre as quais ainda muito pouco se sabe.
A Nautilus garante que a mineração submarina vai reduzir a sua pegada ecológica, uma vez que vai deixar de criar situações desastrosas provocadas pela mineração em tera, nomeadamente a deslocalização de comunidades, a destruição de montes e a poluição de rios. A mineradora admite ainda que a sua atividade submarina estará mais livre de agentes de corrupção, da fúria de proprietários e das interferências de ambientalistas. Vice.
Entretanto, por todo o mundo, realizam-se sondagens dos fundos dos mares para avaliar o potencial da extração de níquel, cobre, manganês e outros materiais valiosos.
Como o tema tem estimulado políticos e governantes a fazerem proclamações bombásticas mas superficiais e vazias de conteúdo, uma plataforma pública acaba de ser criada pela Dreamforce.
Através dela pode-se acompanhar as rotas de todos os barcos envolvidos na prospeção do fundo dos mares. "O objetivo é fornecer informação, tentar torná-la mais acessível e permitir saber o que esta indústria está a fazer nos oceanos e onde", afirma Douglas McCauley, diretor da Benioff Ocean Initiative eprofessor de biologia marinha da Universidade de Santa Barbara.
Via MotherBoard.
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Entre 25 de maio e 28 de junho, foram realizadas prospeções do fundo do Atlântico entre
Bridgetown, nas ilhas Barbados e Ponta Delgada, nos Açores.
A missão do Meteor M127 fez parte do projeto europeu Blue Mining: Breakthrough
Solutions for the Sustainable Deep Sea Mining Value Chain, tendo Fernando Barriga e Sofia Martins, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, integrado a equipa de 28 cientistas de 5 países: Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Portugal.
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