segunda-feira, 2 de maio de 2016

Bico calado

Foto de Tiago Petinga/Lusa, via Açoriano Oriental 30abr2016.
  • «Marcelo deixou o comentário, mas o comentário não o deixou a ele. De tal forma que, hoje, surpresa, é Marcelo não querer comentar algum facto ou situação. Isso, sim, é notícia. Não importa se é defeito ou feitio, tática ou estratégia, se é estilo para os primeiros tempos ou se veio para ficar. Nem tão pouco interessa saber se Marcelo quer apenas exibir o que o distingue de Cavaco ou se quer mesmo concorrer com o primeiro-ministro António Costa, não tanto na notoriedade pública e mediática mas, sim, na efetiva condução do país e na ocupação do centro da vida política portuguesa. Não adianta especular muito sobre as motivações de Marcelo, o tempo se encarregará de as tornar transparentes.» João Semedo in A insustentável leveza do Presidente – Esquerda.net.
  • «Não, não estou a falar do PNR, estou a falar de apoiantes do PSD e do CDS, do extinto PAF, muitos “jotas”, mas também gente adulta que enfileirou nos últimos cinco anos do “ajustamento”, vindas de alguns think tanks e amadores da manipulação comunicacional que se formaram nestes anos. São também alguns colunistas no Observador, no Sol, no extinto Diário Económico e nos sites que estes jornais patrocinam com colaboração gratuita para formar uma rede de opinião que funciona para pressionar os órgãos de comunicação que, muitas vezes, de forma muito irresponsável, a ampliam em “informação” como oriunda das “redes sociais”. Não são um grupo muito numeroso, mas escrevem todos os dias e em quantidade, parecem estar de patrulha nas caixas de comentários e no twitter e são muito agressivos. Não se coíbem em usar citações falsas ou manipuladas, boatos, calúnias e insultos (Costa é o “monhé” e o “chamuça”, por exemplo). (…) A julgar por aquilo que eles consideram esquerdista, radical, comunista, o nosso bom Papa Francisco é do MRPP. Pior ainda, está muito à esquerda do MRPP.» José Pacheco Pereira in Para a nossa direita radical o Papa é do MRPP – Público 30abr2016, via A estátua de sal.
  • «Fernando Rosas foi sempre e é um militante político nas causas em que acreditou, e sabe o preço que se paga em Portugal por não ter feito o que é suposto fazer para receber o reconhecimento, muitas vezes hipócrita, que se presta ao mérito. Se tivesse seguido o trajecto acolchoado, prudente, recatado e muitas vezes protegido, que a academia propícia aos que não querem meter-se em sarilhos políticos públicos, principalmente do lado “errado”, Rosas teria recebido um muito maior reconhecimento público, teria prémios como o Pessoa, e outras comendas. Não é que ele as desejasse, porque não trocava nada do que fez e faz por essas honrarias, mas é porque as merecia.» José Pacheco Pereira in Público 30abr2016, via A estátua de sal.
  • Um «banco mau» para salvar a banca custará muito aos contribuintes e não resolverá o problema da falta de crédito, por Eugénio Rosa.

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