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O resultado das pesquisas feitas por um navio da Marinha do Brasil na foz do Rio Doce esteve até há bem pouco tempo sob sigilo por cinco anos. A pesquisa mostra o impacto das lamas de resíduos da mineradora Samarco que poluíram o rio e parte do mar no Norte do Espírito Santo, após o colapso de uma barragem.
Refira-se que o Navio Hidroceanográfico de Pesquisa Vital de Oliveira que levou a monitorizou as lamas da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, é fruto de um acordo de cooperação firmado entre os ministérios da Defesa e da Tecnologia e Inovação, a Marinha do Brasil e as empresas Petrobras e Vale.
Porém, a organização não-governamental Transparência Capixaba contestou a falta de transparência em relação à pesquisa. Como resultado, a Marinha retirou o sigilo. Para Edmar Camata, da Transparência Capixaba, impedir que os cidadãos saibam o conteúdo da pesquisa inflige a lei de Acesso à Informação.
Este episódio de guardar sigilo não é uma novidade. Edmar Camata, daquela ONG, sublinha que tem havido, de forma geral, uma dificuldade para obter informações referentes aos desdobramentos do colapso da barragem em Mariana: «Desde que ocorreu a tragédia, há um déficit de informação muito grande. Quando começamos a demandar alguns órgãos públicos, notamos que havia um conluio das empresas e dos governos para negar informação».
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