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- Suite 605 (10): «Qual a razão para a Swatch Group trocar a Suíça pelo Funchal e instalar duas empresas na Zona Franca da Madeira? O Funchal não tem voos diários directos para a Suíça, nem contas numeradas e uma lei de sigilo bancário inviolável como acontece na terra natal dos canivetes. Em contrapartida, o CINM oferece um pacote fiscal mais vantajoso do que o sistema tributário helvético. O jornal suíço Handels Zeitung afirma que a Swatch “manipula os preços de transferência da maioria das suas operações na Europa através do paraíso fiscal da Madeira e economiza muito dinheiro graças a este desvio. Em 2009, a Swatch facturou 597 milhões de euros, tornando-se a segunda maior exportadora da Zona Franca da Madeira. Benita Vogel, repórter de investigação do periódico helvético, seguiu a pista dos relógios e descobriu que grande parte dos modelos Swatch e Tissot que andam no pulso dos consumidores europeus são facturados na Madeira, mas o processo de fabrico continua a usar a arte dos relojoeiros suíços. (…) Os truques contabilísticos para fugir ao fisco permitem que as multinacionais distribuam as migalhas dos impostos não pagos através de projectos de caridade que muitas vezes não passam de campanhas de marketing com o selo social. Em 2004, as vendas do relógio “Swatch Ursinhos” permitiram apoiar a construção da Casa do Gil, um espaço destinado a acolher crianças pobres em situação de internamento prolongado. Em 2010 surge o "Swatch Caçula” um relógio em que a venda de cada unidade faz reverter seis euros para a construção do primeiro centro de acolhimento temporário para crianças refugiadas, um projecto do Conselho Português para os Refugiados e que envolve uma parceria com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Camara Municipal de Lisboa, SIC Esperança, BPI, Fundação Luís Figo e JCDeaux_ A iniciativa conta ainda com o alto patrocínio de Maria Cavaco Silva. Uma boa causa que promove a venda de um relógio por 46 euros.» João Pedro Martins, Suite 605 – SmartBook 2011, pp55-57.
- «O governo português não agrada à direcção desta Europa. As afrontosas declarações de Draghi, quando cá esteve, são significativas. E Costa tem, por igual, o que se chama “má imprensa”, porque esta abandonou o propósito fundamental de informar, esclarecer, para ser o papagaio dos poderes conservadores.» Baptista Bastos in Apoquentações – CM 20abr2016.
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