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- Panama Papers: «A Grandison International Group Corp, sociedade offshore à qual o presidente da Bial, Luís Portela, esteve ligado, serviu para movimentar uma conta bancária que a família Portela tinha em Genebra, no banco suíço UBS». TVI.
- Ilídio Pinho (fundador da Colep, Vale de Cambra) teve o seu nome nas Ilhas Virgens Britânicas, representada por uma outra entidade do Panamá, com uma conta associada no UBS do Luxemburgo. Uma fatura de 2007 indicia que a IPC Management Inc e a Fundação Ilídio Pinho seriam a mesma entidade. O empresário Ilídio Pinho não só teve uma offshore no Panamá como também a usava em estreita ligação com as atividades da sua fundação. TVI.
- «A maior parte desta riqueza não é de facto investida nos paraísos fiscais. A razão é simples: as mesmas coisas que fazem estes sítios bons para lavar dinheiro são as mesmas que que tornam perigoso investir lá. Investidores offshores não confiam nesses sítios. Assim se explica por que motivo a maior parte das fortunas geradas nos offshores acabam regressando aos centros financeiros do Primeiro Mundo como New York, Londres, Zurique, Geneva, FRankfort, Singapura, Hong Kong ou Dubai. Os donos dessa enormes fortunas acreditam mesmo que os grandes bancos são demasiado grandes para falharem.» James S. Henry, in Taxing Tax Havens: How to Respond to the Panama Papers - Foreign Affairs, citado por Tax Justice Network.
- Suite 605 (4): «Do total das 2981 entidades instaladas na zona franca em 2009, 90% entregaram a declaração modelo 22 referente ao IRC. Deste universo de empresas, 91% não têm trabalhadores. São 2435 empresas que funcionam na sombra, sem que alguém atenda o telefone ou responda a um e-mail. São empresas-fantasma. Muitas delas não passam de caixas de correio para abrigar subsidiárias de multinacionais, criadas especificamente para manipular os preços de transferência e funcionarem como “porta de entrada” no mercado europeu, transferindo os custos para os países de maior tributação e deixando os lucros na Madeira onde estão isentos de pagar impostos. (...) Cada uma destas empresas custa ao Estado 407 mil euros e cada posto de trabalho representa menos 650 mil euros nos cofres públicos. A este saque fiscal acresce um PIB artificialmente inflacionado que é responsável pela quebra de receita agregada da Madeira no valor de 900 milhões de euros (500 milhões no âmbito dos apoios do QREN, pela perda do estatuto de Objectivo 1 das regiões ultra-periféricas, e 400 milhões até ao final de 2013, conforme estipulado na Lei de Finanças das Regiões Autónomas, cujas transferências do Fundo de Coesão são indexadas ao coeficiente do PIB per capita de cada região autónoma, comparando com o PIB per capita nacional). Este valor de receitas perdidas significa que cada madeirense vai ter de fazer um sacrifício adicional nos próximos anos e contribuir com mais 3359 euros.» João Pedro Martins, Suite 605 – SmartBook 2011, p15
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