Em 2011, mosquitos Aedes aegypti, geneticamente modificados, foram lançados em algumas cidades brasileiras. Era o começo do Projeto Aedes Transgênico no Brasil. A promessa era de que os mosquitos transgênicos machos copulariam com as fêmeas selvagens e as crias morreriam ainda no estágio larval, sem atingir a idade adulta. Seria maravilhoso se fosse tudo assim, mas não foi bem isso que aconteceu.
A produção deste mosquito transgénico foi levada a cabo na universidade de Oxford sob o alto patrocínio da Fundação Melinda Gates e, através da Oxitec, empresa já criada em 2002, esses mosquitos transgénicos foram, em 2011, lançados em vários locais do Brasil com o objetivo de combater o dengue. Mesmo havendo a possibilidade das larvas modificadas sobreviverem nas cidades, os testes no terreno prosseguiram, mesmo ignorando a possibilidade remota de os ovos, entrando em contato com a tetraciclina dispersa no ambiente, atingir a vida adulta.
Os primeiros testes acontecerem nas ilhas Cayman, aproceitando o vazio legal em termos de biossegurança. Em 2006, os mosquitos transgénicos foram lançados na Malásia. Em 2011, a Moscamed, parceira da Oxitec, lançou milhões destes mosquitos transgénicos em Minas Gerais e em Bahia. Foi aí que esses mosquitos entraram em contato com resíduos de tetraciclina existentes em lixeiras e se transformaram em monstros geneticamente modificados.
Este Projeto Aedes Transgénico foi sempre sigiloso, o público nunca foi informado do que estava a acontecer, nem seque a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança tomou conhecimento. Resultado: em vez de neutralizar o dengue, o novo mosquito criado a partir do contato do transgénico com a tetraciclina, lançou novas doenças – a Zika e a febre chikungunya, a zika com impactos catastrófricos em grávidas.
Entretanto, em julho de 2012, a Oxitec, recentemente comprada pela Intrexon, protocolou a solicitação de licença comercial junto da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. O negócio foi montado de modo a obrigar as entidades públicas a comprarem constantemente mosquitos transgénicos para combaterem sucessivas vagas de mosquitos de dengue que entretanto também vão evoluindo. Pior: o vírus pode propagar não apenas pela picada do mosquito mas também através de relações sexuais, pelo leite materno em pelo contato com o sangue contaminado.
Convém saber que o vírus Zika foi patenteado em 1947 pela Rockefeller Foundation, após experiências com macacos do Uganda.
O Ambiente Ondas3 registou algumas cenas deste «filme» tenebroso:
A GeneWatch UK acaba de denunciar a autorização concedida pela União Europeia à Syngenta e à Oxitec para manipularem geneticamente insetos cujos ovos e larvas serão posteriormente libertados em tomates, azeitonas e vegetais para que, acasalando com os insetos vulgares, os exterminem. Lamenta-se a recusa das entidades envolvidas em prestarem esclarecimentos sobre, por exemplo, resultados de testes, a eventual contaminação de alimentos orgânicos e se a tecnologia promove a redução do uso de pesticidas.
Centenas de milhares de mosquitos transgénicos vão ser lançados na Florida com o objetivo de combater o mosquito que transmite a dengue. Apesar dos responsáveis científicos garantirem que não há perigo para os humanos, muito boa gente da zona de Florida Keys, nomeadamente ligada ao turismo, tem dúvidas e já recolheu mais de cem mil assinaturas exigindo mais investigação e mais controlo por parte do governo.
Mosquitos da dengue geneticamente modificados estão a ser libertados duas a três vezes por semana na cidade de Jacobina, na Bahia para combater a epidemia. Os mosquitos transgénicos foram desenvolvidos pela empresa britânica Oxitec. Em 2012, eles foram liberados, de forma controlada, em Juzeiro, também na Bahia. Os insetos foram criados num laboratório da organização social Moscamed.
Bahia, a cidade que recebeu pesquisa com mosquitos transgênicos, decreta estado de emergência de dengue. Tudo apesar da Moscamed, em parceria com a inglesa Oxitec e a Universidade de São Paulo, ter divulgado uma redução de 81% e 100% no registro de casos de dengue em dois bairros de Jacobina, e de ter garantido total segurança e licenciado a venda desses mosquitos transgénicos.
Mosquitos transgénicos estão a ser produzidos em Campinas, Brasil, pela britânica Oxitec. Objetivo: combater a propagação do dengue.
O plano da britânica Oxitec de lançar na Flórida mosquitos machos geneticamente modificados para reduzir a ameaça da dengue e outras doenças está a provocar protestos de moradores. 145 mil pessoas subscreveram uma petição rejeitando que um paraíso para amantes da pesca e do mergulho se torne um laboratório para insetos mutantes. Apesar de a Oxitec garantir o sucesso da tecnologia já testada nas ilhas Cayman e no Brasil, os adversários alegam que a investigação da Oxitec não foi analisada nem mereceu revisão paritária.
Milhões de mosquitos machos transgénicos foram lançados nos arredores da cidade de Piracicaba (São Paulo, Brasil) com o objetivo de combater e eliminar os mosquitos portadores do vírus zika. O projeto é da britânica Oxitec, entretanto comprada pela norte-americana Intrexon, que já fez mais testes no Panamá, na Malásia, nas ilhas Caimão e em Cayos de la Florida.
3 comentários:
Boa noite, Octávio
Andava à procura deste vídeo, que tinha visto não sei onde, para escrever um "post" sobre o Vírus Zika e os mosquitos transgénicos. Além de encontrar aqui o vídeo, encontrei o trabalho feito. Assim, se não se importa, levo este seu texto lá para o blogue Sustentabilidade É Acção, pois isto precisa de ser divulgado.
Obrigada e parabéns pelo bom trabalho
Falhou o projeto da Oxitec/Oxford University de mosquitos geneticamente modificados para combater a malária, o dengue a febre amarela e o zika.
=Canada.
https://o.canada.com/news/world/millions-of-genetically-modified-mosquitoes-released-in-scheme-to-get-rid-of-diseases-like-malaria-it-didnt-work/wcm/7fb111e5-09f8-4154-8e4d-b6bc7db0d96c
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