Alqueva 2jan2016. Imagem recolhida aqui.
Enquanto o norte de Inglaterra ficava submerso por imensas inundações, uma pequena cidade celebrava o feito de não só ter sobrevivido às cheias como também ter ficado seca. A cidade chama-se Pickering e fez tudo por 2 milhões de libras, em vez dos 20 milhões de obras em betão armado sugeridos pelas inteligências e peritos do governo de David Cameron. Não houve segredos nem truques. As soluções eram velhas de séculos, dos tempos dos frades da abadia de Byland: a construção, ao longo de linhas de água, de pequenos açudes e barreiras compostas por troncos e ramos de árvores que fizeram amortecer a fúria das águas e impediram a cheia de afogar a cidade.
Porém, as soluções encontradas por Pickering não resolvem o problema. Os impactos das alterações climáticas estão aí para durar e não vai ser destruindo a natureza que os vamos minimizar. Há que
(1) acabar com o abate de florestas nos cimos das montanhas para dar lugar a campos de pasto para gado; está mais que provado que as árvores, em zonas altas, funcionam como poderosas esponjas que amortecem os efeitos desastrosos de cheias e de secas;
(2) restaurar jardins e parques nas cidades; muitos jardins e parques desapareceram sob a ganância do betão e do alcatrão;
(3) parar com a construção de edifícios em zonas de cheia.
Fonte: The Independent.
Adenda: os castores sabem-no…
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