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domingo, 20 de dezembro de 2015

Bico calado

Imagem retirada daqui.

  • Somando 2+2, acho que tudo acontece à boleia do(s) patrocínio(s) do agente ou da agência que representa o ex-«special one». Tudo leva a crer que o(s) representante(s) dos 500 trabalhadores da Soares da Costa ou não têm agente ou agência ou então esse agente ou essa agência não está devidamente creditada nos media de reverência.
  • «’Os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo’, disse Cavaco Silva há cerca de um ano e meio. Momentos depois o Banco Espírito Santo afundava. Mais tarde negou que alguma vez o tivesse dito. Negou ter dito uma coisa que está filmada. Filmada. Como fazem as crianças de 5 anos, com os cérebros pouco treinados e próprios daquela idade. Hoje, referindo-se ao caso BANIF, o mesmo Cavaco Silva diz: "É preciso medir bem as palavras quando se fala do sistema bancário, porque o seu funcionamento é decisivo para o funcionamento da nossa economia". Quando falta a dignidade já pouco resta senão rastejar até ao fim. Não acredito que Cavaco alguma vez se ponha em causa. Nem quem o rodeia. E é essa falta de chão onde tocar que envergonha só de ver. É como olhar para uma moldura boa com uma fotocópia fraca e triste a viver lá dentro. A pequenez ainda custa mais quando nos sopram que somos grandes. Cavaco Silva representa o pior que temos em Portugal. É um fardo de nada com um pin ao peito. É um cancro que mesmo depois de morto ainda mata.» Bruno Nogueira.
  • «A evasão fiscal era apenas a ponta do iceberg. Eu não fazia a ideia de que o problema era muito mais grave. O que os gestores da riqueza fazem é fugir à lei em geral, o que cria problemas de legitimidade para os governos. Se já é mau as pessoas pensarem que estão a ser lixadas porque os ricos não estão pagando os impostos devidos, muito pior será saber que há uma lei para os ricos e outra lei para os outros. É este tipo de coisa que pode provocar crises políticas e derrubes de governos. Se não há um sentido de solidariedade, se há uma lei que não é aplicada a um segmento da sociedade, então está-se não só a destruir a solidariedade de que depende a democracia mas também está-se a abrir a porta ao fascismo, está-se a criar algumas das condições que alimentam o fascismo». Brooke Harrington, professora de sociologia económica na Copenhagen Business School.  Tax Justice.

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