- «(…) Depois, um regime centrado no primeiro-ministro, com menorização do Parlamento foi substituído por uma forte parlamentarização do regime, deslocando para a Assembleia a negociação interpartidária e a formulação conjunta dos termos da governação. É uma fragilidade dos acordos e criará dificuldades na sua execução, mas foi o possível numa esquerda que nem sequer no Parlamento se atrevia até há pouco a dar palmas uns aos outros. (…) É por isso que o Presidente da República, que estudou todos os cenários possíveis, e enfatizou o ‘todos’, nunca imaginou que este viesse a acontecer. Mas a história é assim, surpresa.» Pacheco Pereira, A história é sempre surpresa – Público 5dez2015.
- «(...) ou os jornalistas em geral declaram já o seu apoio inequívoco e emocionado a Marcelo Rebelo de Sousa para a Presidência e, nesse caso, o que estão a fazer é ilegítimo e imoral mas é pelo menos lógico, ou começam finalmente a fazer jornalismo e a informar sobre as escolhas possíveis, seguindo e dando voz aos diferentes candidatos e promovendo um debate democrático entre eles. Em termos objectivos, a posição que os media, globalmente, têm tomado, não só promove Marcelo mas prejudica em particular um candidato: Sampaio da Nóvoa, o único com uma agenda alternativa a Marcelo e com condições para disputar uma segunda volta. Não haverá nas televisões - na pública e nas privadas - ninguém com vontade de mostrar que o jornalismo é essencial à democracia porque promove as escolhas informadas dos cidadãos?» José Vítor Malheiros, in Público, 8dez2015.
- «Anda um espectro pela Europa: o espectro do fascismo. Ele exibe-se de forma descarada no novo governo polaco, no já velho governo húngaro e na Frente Nacional. Mas também na arrogância imperial alemã, na rendição securitária de Hollande, na brutalidade social imposta à Grécia. No meio disto, já nem sei ao certo o que quererá dizer o “europeísmo”.» Daniel Oliveira, Expresso 7dez2015.
- Steven Sokolowski, co-fundador de uma fundação de defesa de doentes de cancro, é acusado de usar fundos em proveito próprio e de lavagem de dinheiro. Toronto Star.
- Mais de 50 bancos que ajudaram cidadãos norte-americanos a fugir aos impostos foram declarados imunes a condenação nos EUA em troca de um total de multas de 400 milhões de libras. Entre os 50 bancos estão o Deutsche Namk, o BNP Paribas e o Standard Chartered. Mail.
Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Bico calado
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