- Em 2002, um ano antes da invasão do Iraque, o primeiro-ministro britânico Tony Blair prometeu ajuda militar aos EUA, revela mensagem eletrónica tornada pública por Hillary Clinton por ordem judiciária norte-americana citada pelo britânico Daily Mail.
- «Não, em Portugal não há apartheid e o Bloco de Esquerda e o PCP não são organizações criminosas, por muito que isso custe aos opinadores do Observador, e não é um crime falar com eles. São partidos com a mesma legitimidade (repito, para os mais duros de ouvido: a mesma) que os partidos da direita. Os seus militantes e dirigentes são cidadãos de pleno direito, como os dos partidos da direita. Os seus votantes são cidadãos de pleno direito, como os dos partidos de direita. Os seus deputados são deputados de pleno direito, como os dos partidos de direita. E um voto na esquerda vale um voto, tal como um voto na direita. É verdade que a direita gosta de pensar que os seus partidos, os seus dirigentes, os seus votantes e os seus deputados possuem mais direitos que os de esquerda, mas isso é apenas um sonho, uma aspiração (ilegítima, esta). O uso da expressão “Arco da Governação” é um dos reflexos dessa presunção supremacista. É verdade que têm mais privilégios na sociedade, que são mais bem tratados pelos media e bajulados pelos restantes poderes, que encontram maiores facilidades em promover as suas mensagens políticas e também em encontrar empregos mais bem remunerados, mas isso não são direitos: são privilégios indevidos e entorses à democracia, que se baseia na igualdade de todos os cidadãos perante a lei. (…) (Tenho uma curiosidade: se, para Manuela Ferreira Leite, “António Costa está a fazer um verdadeiro golpe de Estado”, o que lhe chamaria se ele fizesse, de facto, um Governo com as restantes forças de esquerda? Um genocídio?... E o que diria Ferreira Leite se Costa defendesse uma suspensão da democracia durante seis meses? “Não tem o direito de dizer isso. Isso é só para o PSD”?)» José Vítor Malheiros, in A direita está triste porque acabou o apartheid, Público 20out2015.
- Irwin Schiff morreu a semana passada aos 87, vítima de cancro, conta John Vibes no Antimedia. Morreu servindo uma série de penas de prisão relacionadas com atos de protesto contra o sistema de impostos norte-americanos. O seu último livro, The FederalMafia: How the Government Illegally Imposes and Unlawfully Collects Income Taxes (A Máfia Federal: como o governo impõe e recolhe ilegalmente o IRS) é uma amostra: é o único livro de não-ficção a estar proibido nos EUA.
Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Bico calado
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