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1 Quando os políticos falam de competitividade económica nacional eles referem-se principalmente às exportações. Mas numa economia com pequeno comércio internacional o crescimento do nível de vida depende de fatores domésticos, essencialmente o nível de crescimento de produtividade. Assim, esses políticos estão a usar o conceito de competitividade no sentido de produtividade.
2 Ao compararem uma nação com um negócio, os governos mais não pretendem senão justificar os benefícios fiscais para os ricos, a desregulamentação, os ataques aos sindicatos, os cortes nos serviços públicos, tudo isso para alegadamente se ganhar vantagem sobre as outras economias nacionais.
3 A obsessão com a competitividade é prejudicial. Levado ao extremo, o conceito poderá provocar guerras comerciais e protecionismo quando os líderes políticos sempre que os seus países não conseguirem competir em igualdade. Este conceito pode ainda reforçar sentimentos de xenofobia e racismo.
4 Mesmo numa economia totalmente orientada para o mercado interno, os investidores poem vender as suas ações a outra empresa e mobizar o seu dinheiro para o estrangeiro onde consiguem mais e melhores lucros.
5 Os países não podem ser tratados como empresas. Os países não vão à falência.
6 Em suma: a agenda da cometitividade tenderá a reduzir essa mesma competitividade nos mercados onde ela é imposta. Só as grandes multinacionais podem fugir para jurisdições estrangeiras; as pequenas não podem fugir. Por isso as grandes multinacionais ficarão sempre em vantagem, acabando por esmagar as pequenas empresas. O resultado final será: as maiores ficam maiores, as pequenas desaparecerão. Consequentemente, haverá menos competitividade nos mercados, o que, refletindo-se no sistema bancário, representará uma enorme ameaça para a estabilidade financeira.
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