sábado, 26 de setembro de 2015

Reflexão – A fraude das emissões poluentes da VW foi uma das últimas da indústria automóvel

Imagem retirada daqui.

A fraude das emissões poluentes da Volkswagen foi apenas a última em que a indústria automóvel esteve envolvida, conta o New York Times de 24 de setembro de 2015.


Há décadas que as fabricantes usam truques para manipular os dados dos testes de emissões e de quilometragem para tornear as regulamentações e enganar as reguladoras. 
Na Europa, durante os testes, algumas usaram fita adesiva nas portas dos carros e grelhas para expandir a sua aerodinâmica, outros usaram superlubrificantes para reduzir a fricção nos motores. Outras retiraram os assentos traseiros para tornar os carros mais leves.
Nos EUA, a vigarice começou logo que o governo lançou leis sobre as emissões, no início dos anos 70. Logo em 1972, descobri-se que os carros de testes da Ford andavam sempre em manutenção, pelo que foi multada em 7 milhões. Em 1973, a Volkswagen foi multada em 129 mil por ter instalado uma peça que desligava os sistemas de controlo de poluição. Em 1974, foi a vez da Chrysler ser obrigada a recolher mais de 800 mil veículos por se descobrir que tinha truque semelhante nos seus radiadores. Em 1978, a Ford teve que recolher cerca de 2 milhões do seu modelo Pintos porque os seus tanques de gasolina tinham tendência para se incendiar durante impactos. Em 1987, a Chrysler foi acusada de desligar os odómetros de 60 mil carros usados por executivos e de os vender como novos. Nos anos 1990s, pneus defeituosos da Firestone que equipavam a Ford provocaram 271 mortes, e mais de 23 milhões de carros foram recolhidos por11 fabricantes porque os airbags da Takata explodiam viotamente em caso de acidente.
Em 2014, a Hyundai e a Kia foram multadas em 300 milhões por prometerem mais quilometragem do que faziam na realidade. 
Em nenhum destes casos houve detenções de responsáveis, tudo graças ao lóbi norte-americano. Na Alemanha e no Japão, a possibilidade de penalizações criminais neste tipo de casos é muito remota para os fabrticantes dos respetivos países. Este ano, as autoridades sul-coreanas acusaram a Audi e a Toyota de terem inflacionado em 10% a economia de combustível garantida pelo Audi A6sedan e pelo híbrido Prius. A Coreia do Sul acusou também a GM de inflacionar as garantias de quilometragem no seu Chevrolet Cruze, obrigando a fabricante a rever esse problema e a lançar um programa de compnsação para os compradores.
Em 1995 a GM foi multada em 45 milhões e obrigada a recolher cerca de meio milhão de Cadillacs que estavam equipados com um chip que desligava os sistemas de controlo de emissões enquanto o ar condicionado estava a ser usado, tudo com o objetivo de melhorar o seu desempenho. Em 1998, as fabricantes de motores de camiões de longo curso foram multadas em 1 bilião de dólares por violações semelhanmtes às da Volkswagen – uso de software para otimizar o desempenho de motorers diesel durante os testes de laboratório.
A diferença entre os resultados laboratoriais e os reais atingiram, em média, 40% em 2014. Em 2002 a diferença era de apenas 8%!

1 comentário:

OLima disse...

Mercedes-Benz, Honda, Mazda and Mitsubishi have joined the growing list of manufacturers whose diesel cars are known to emit significantly more pollution on the road than in regulatory tests, according to data obtained by the Guardian.
http://www.theguardian.com/environment/2015/oct/09/mercedes-honda-mazda-mitsubishi-diesel-emissions-row