segunda-feira, 6 de julho de 2015

Bico calado

Imagem retirada daqui.
  • « (...) Os nossos cofres cheios trouxeram uma paz e segurança só vista antes de 74. Até o nosso bom velho Aníbal quis evitar que os netos se assustassem e tapou os olhos a todos, com uma subtracção que descansa qualquer alma: "A zona do Euro irá sobreviver com a mesma força que teve no passado, já que, apesar de acreditar que a Grécia não vai sair, se isso acontecer ainda ficam 18 países." (...) Repare, o estimado leitor, que Aníbal não está preocupado com a Grécia mas, a China está... Isto demonstra a dimensão do nível de relaxamento a que chegou o nosso PR. Estamos a falar de chineses que dominam estas técnicas e que são conhecidos pela paciência. Estou convencido de que Aníbal podia andar descalço sobre a Grécia em chamas que não sentiria dor; nem a sua nem a dos outros.» João Quadros in 19-1 = 31, JNegócios 3jul2015.
  • «Falando de vivendas, sou um pobre Presidente de um país pobre que se distingue por nada ter de distinto. Não falo, mando bocas, e aqui vai mais uma: se a Grécia sair ficam 18 países. La Palice ao meu lado é um tolo. Se eu soubesse quem é o La Palice, que não sei, só me disseram que éramos parecidos. É com c ou com dois ss? Votem BEM.» Clara Ferreira Alves in Expresso 4jul2015.
  • «Veja-se Portugal, que demonstrando não ser a Grécia, reúne a elite numa sala de hotel para se celebrar a si própria a propósito de um livro que ninguém lerá de um homem que toda a gente sempre ouvirá. E bajulará. (...) Não foi uma reunião simbólica , foi hiperbólica. Estavam lá todos, os que sempre estiveram e os que sempre tentaram estar, na eterna cobiça de um lugar ao sol dos que têm poder e participam no negócio. (...) Se restasse pudor, Miguel Relvas teria feito a reunião à porta fechada. A porta escancarou-se para demonstrar que há escândalos políticos sem mortes políticas. Ali o negócio é influência. E a influência estava ali, vibrava e gritava: eles mandam. E isso não se referenda.» Pedro Santos Guerreiro in Relvas, o não-grego – Expresso 4jul2015.
  • «Aquilo é feio demais, enorme demais, agressivo demais, sem qualquerrespeito pela zona histórica em que está, pelo público que esmaga e pela luz que desdenha. Parece um terminal de autocarros da Roménia de Ceausescu. Pergunto-me, além do mais, se, havendo de facto necessidade de um novo museu de coches, por que razão não o instalaram ali ao lado, num espaço já existente, lindo na sua simplicidade, e com capacidade para todos os coches e mais alguns  (...) é público e grátis, está pronto e ao abandono: a Cordoaria Nacional. Eu sei que a pergunta é tão mais estúpida quanto a resposta é evidente: como poderia alguém ganhar uma fortuna com essa solução?» Miguel Sousa Tavares, in Quem é esta gente? – Expresso 4jul2015.

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