A Austrália disse que vai doar 134 milhões de euros ao Fundo Verde das Nações Unidas.
Esta deve ser uma das cenas de hipocrisia e greenwashing mais sofisticadas dos últimos tempos. Como se não conhecêssemos as políticas ambientais deste país que, por isso, mesmo, acaba de figurar no último lugar do Índice de Riscos Climáticos Globais, um ranking elaborado anualmente pela GermanWatch.
Como se não soubéssemos que o governo australiano lubrifica a indústria mineira em geral e a do carvão em particular com milhões provenientes dos impostos dos cidadãos.
Como se já nos tivéssemos esquecido de que Tony Abbot, o primeiro-ministro australiano, ainda o mês passado proclamara que o carvão era bom para a humanidade.
Aliás, este tipo de hipocrisia não é exclusivo australiano. No preciso momento em que uma mão europeia negoceia, em Lima, mais medidas de combate às alterações climáticas, a outra, em casa, analisa projetos de infraestruturas para explorar carvão na Polónia
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