quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Reflexão – Ébola: entre a saúde pública e o lucro privado

O ébola foi identificado em1976. Até agora houve 34 surtos. Por que motivo só agora os media começaram a falar dele? Porque o ébola ultrapassou as fronteiras dos países pobres de África. Por isso, só agora os media gritam aqui d’el Rei, só agora a Organização Mundial de Saúde avançou com fundos para pesquisas de vacinas. Nem na sessão de 24 de maio de 2013, em Génova, a 66ª Assembleia Mundial de Saúde, o ébola mereceu a devida atenção.
Lamentavelmente, o 11 de Setembro fez com que o poderoso lóbi farmacêutico convencesse muitos países da possibilidade dos terroristas perpetrarem ataques com armas biológicas e assim esses países investiram milhões em prevenir esses ataques e não em investir em investigação e aplicação de vacinas nos países pobres. A britânica Acambis foi das que faturou imenso à sombra de um alegado ataque terrorista usando o virus da varíola e que a fez produzir milhões de vacinas. Perante o atual surto de ébola é quase certo as grandes farmacêuticas estarem a exercer enormes pressões junto de alguns governos para a investigação e produção de uma vacina adequada. Só assim, com elevadas quantias provenientes dos contribuintes, as grandes farmacêuticas vão, de novo, poder faturar à grande. 
Bob Rigg in Ebola: between public health and private profit. (Tradução e sumário meu)

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