“As autarquias esqueceram, ou até inverteram, a missão que lhes está atribuída. Deveriam, em primeiro lugar, gerir, com qualidade , os espaço público. Mas a sujidade, falta de manutenção e de equipamentos urbanos, para idosos ou crianças, são a regra. É também função dos municípios orientar o ordenamento do território, nomeadamente do trabalho dos seus pelouros de urbanismo. Só que esta missão está também adulterada. Os pelouros do urbanismo das câmaras municipais passaram a ser, muitas vezes, locais de troca de favores entre autarcas, dirigentes partidários e promotores imobiliários. Nesses espaços, todas as práticas acontecem, desde a valorização ilegítima de terrenos a um tráfico de influência generalizado - todas, exepto as que conduziriam à estruturação apropriada do território e à promoção de qualidade de vida para os cidadãos.”
Da corrupção á crise, por Paulo de Morais – Gradiva junho2013, p64.
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