A propósito desta posta colocada ontem, valerá a pena lermos a entrevista de Ana Paula Vitorino, ao Público de 15fev2014. e tentar compreender o que está em causa e antever eventuais impactos.
Excertos do Ambiente Ondas3:
“Temos que encarar o ordenamento do espaço marítimo com a mesma dimensão e seriedade com que se encara o ordenamento do espaço terrestre. O que não é feito. Em terra, o cidadão, o empresário, o investidor, toda a gente sabe o que é que é possível fazer onde. No mar ainda não é assim. E tivemos um papel aqui, no Parlamento, para transformar um projecto do Governo que era, de alguma forma, insípido, conseguindo fazer o Governo aceitar as nossas propostas. Há agora condições para se poder dizer que passa a haver ordenamento.
(...)
A política de ciência, de investigação e de inovação tem que ter a noção de que há sectores que têm que ser mais valorizados. Assim como existe o fundo português do carbono, também tem de passar a haver um fundo para investigação e preservação do mar. Sem ter que se canalizar mais dinheiro. O que paga é a actividade económica. Havendo mais actividade económica, há mais dinheiro. Se nós afectarmos uma pequena percentagem do que resultar de licenças, de concessões, da actividade económica.
(...)
Não é uma questão de desinvestir. Há áreas em que elas próprias podem seguir sem tanto apoio porque já têm lastro. Por exemplo, na medicina já temos investigação paga por privados. Poderá fazer-se alguma reafectação. Mas sim, tem que haver um impulso inicial que terá de vir do Estado. Depois a manutenção é quase auto-sustentável porque será a própria economia do mar a sustentá-la.”
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