- “Decorria o reinado de D. José I, quando, em 12 de Fevereiro de 1761, faz hoje precisamente 253 anos, a escravatura foi abolida pelo Marquês de Pombal na Metrópole e na Índia, embora os primeiros escravos tenham sido libertados apenas em 1854, os do Estado, e os escravos da piedosa Igreja tenham tido de esperar até 1856. O processo concluiu-se com a lei de 25 de Fevereiro de 1869, que proclamou definitivamente a abolição da escravatura em todo o Império Português até ao final de 1878. Portugal ter sido dos primeiros países a abolir a escravatura não nos enche de orgulho. Ninguém se orgulha do que já não se quer lembrar. Olhamos para o calendário, vemos feriados dedicados ao imaginário católico mas nem o 12 nem o 25 de Fevereiro vêm assinalados nessa qualidade. O que não se recorda cai rapidamente no esquecimento. Se os feriados ainda servem para que cada povo saiba quem é e de onde vem, factor essencial para projectar para onde quer caminhar, o dia de hoje devia ser feriado nacional. A reintrodução crescente de novas formas de escravatura dos dias que correm justificam-no hoje mais do que nunca.” Filipe Tourais in Hoje devia ser feriado nacional.
- “Não percebo como dizem que não podem pagar (as rendassociais) mas têm dinheiro para café e tabaco. Esta medida da câmara (de Espinho) só peca por tardia e ainda assim não deixa de ser injusto não cobrarem juros a quem andou anos sen pagar. Temos todos de cumprir as nossas obrigações sociais. Só assim o país pode andar para a frente”. António Santos, morador no Bairro da Ponte de Anta, citado pelo Maré Viva de 12fev2014.
- Acha que os jornalistas não se enganam ao microfone? Então escute. Desconfio que esses erros se deverão em grande parte ao pavor que o jornalista atual tem perante a pausa, o silêncio e, na ânsia de preencher todos os espaços escorrega e cai com facilidade. E quando isso não acontece, põe-se o jornalista a mastigar as palavras, quase as soletrando. Há um na Antena1 e outro na TSF que abusam deste truque.
Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Bico calado
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