terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Reflexão – Privatização da água alimentou Primavera Árabe no Cairo?

As políticas de Mubarak em relação à água, a privatização do seu sistema de distribuição e posterior subida de preços foram um fator determinante nas revoltas da Primavera Árabe no Cairo, defende Karen Piper, professora na University of Columbia, num interessante artigo intitulado Revolução dos Sedentos (Revolution of the Thirsty no original), publicado na Global Research

Os media de referência descreveram e trataram os acontecimentos como meras consequências da utilização das redes sociais, mas omitiram a pressão enorme das grandes corporações internacionais sobre Mubarak para a privatização da água. Tudo com o apoio do Banco Mundial, que defendia que a privatização iria melhorar a eficiência e, a partir da última década de 90 fez depender a atribuição de subsídios da concretização do plano de privatização da água no Egito, coisa que aconteceu em 2004. A partir daí os preços da água dispararam e os pobres viram-se obrigados a extrair água de canais poluídos. E assim começaram os levantamentos.

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