“Um euro, então, para quê? Para fortalecer a ideia de que um trabalho especializado pode ser assegurado por voluntários sem formação sequer para avaliarem o perigo? Para fortalecer o miserabilismo doentio que valoriza o trabalho gratuito como sacrifício redentor de pecados financeiros cometidos por terceiros, entre os quais alguém que enriquece com o aluguer de meios aéreos de combate aos fogos? Para financiar corporações que servem de trampolim para voos autárquicos a caciques locais e de onde há fundadas suspeitas que o dinheiro sai para financiamentos partidários à margem da lei? Para ajudar a pagar os 10 euros diários que recebem os jovens desempregados que depois são lançados às chamas de mangueira na mão? Um euro para brincar com o fogo, não, obrigado.”
Filipe Tourais in Brincar com o fogo.
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