“Para que se tenha uma ideia, o financiamento da Fundação Friedrich Ebert a estas quatro instituições, só no ano de 1979, seria de 8800 contos para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento (IED), 13800 contos para a Fundação Azedo Gneco, 10000 contos para a Fundação Antero de Quental e 45 400 contos para a José Fontana. Na nota que a Fundação Ebert então enviou ao secretário-geral e ao Departamento Internacional do PS, esta previa adicionar, nesse ano, 1000 contos para um seminário a efectuar pelo IED, sete seminários de duas semanas e 20 participantes em cada um, mais um seminário de uma semana e 20 participantes, todos na Alemanha, a organizar com a Fundação Azedo Gneco. Previa-se aumentar o orçamento da Fundação Antero de Quental com um montante avaliado entre mais cinco a sete mil contos e juntar ao orçamento da Fundação José Fontana vários programas de convite para sindicalistas da UGT. (...) Os apoios da central sindical norte-americana, AFL/CIO, eram coordenados por Irving Brown e por Michael Boggs que, a 7 de Julho de 1977, visitou secretamente a Fundação. Por determinação de Mário Soares, o representante da Fundação Ebert em Lisboa e os escandinavos, estavam impedidos de ter conhecimento das relações cruzadas da Fundação José Fontana com os americanos.
Contos proibidos, por Rui Mateus – Publicações D. Quixote lda, 1996, pp150-151
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