“Naquele período, a resistência ao PCP representava um verdadeiro sorvedouro de dinheiro, que Mário Soares ia mandando entregar por intermédio dos seus colaboradores. E bem melhor do que a minha memória, os meus registos mostram as seguintes entregas em dinheiro para operações de resistência ao PCP: a 23 de Setembro, 300 contos depositados na conta da Associação António Ségio e, nesse mesmo dia, 1000 contos entregues a Gustavo Soromenho para o jornal A Luta. No dia 27 de Setembro, 1000 contos entregues ao cunhado de Mário Soares, José Manuel Duarte. Depois ao tesoureiro do PS entregaria 1000 contos a 30 de Setembro, 2000 contos a 28 de Outubro e 500 contos a 11 de Novembro. A 20 de Novembro seriam entregues quinhentos mil escudos mais. No rescaldo do 25 de Novembro, certamente para pagar despesas pendentes, seriam entregues, a 1 de Dezembro, 1800 contos à Administração Financeira do PS e, a 4 de Dezembro, mais 500 contos ao tesoureiro Carlos Carvalho.”
Contos proibidos, por Rui Mateus – Publicações D. Quixote lda, 1996, p90
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