terça-feira, 16 de abril de 2013

Jardim, a grande fraude (47)

“ (...) a indústria dos media precisa de personagens tipo Jardim: fazem vender e aumentam audiências, como acontece com os desastres, os crimes ou os escândalos, que também atraem a curiosidade mórbida do ser humano. Só que, enquanto os jornais beneficiam financeiramente por se prestarem a esse jogo lamentável, os homens que insistem em morder cães desgastam-se, perdem credibilidade, tomam-se vítimas da sua própria estratégia. No caso de Jardim, a realidade é evidente e, para si, dolorosa: é conhecido pelos piores motivos; tem na testa um selo de menoridade resultante da imagem que de si prórpio criou; tornou-se, irremediavelmente, num político de âmbito regional e ainda por cima rafeiro (qualificativo que ele tanto gosta de aplicar a adversários)”.

Jardim, a grande fraude, Ribeiro Cardoso – Caminho 2011, p356.

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