quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Jardim, a grande fraude (28)

“A Igreja, fundamental para os designios políticos de Jardim, ficou então a saber -  ou melhor, o novo bispo ficou a saber direitinho - o que teria de fazer, ou o que não poderia fazer, se queria continuar a não pagar obras nas igrejas velhas, construir gratuitamente igrejas novas, ter salões paroquiais, colégios, misericórdias e outras instituições generosamente subsidiadas... Com o dinheiro de todos nós.  (...) Jardim passou a ter o bispo na mãoo, duplamente: pelas fragilidades pessoais e pela subsidio-dependência em que a Igreja local se encontrava e encontra. Literalmente de joelhos. (...) Um grupo de dez padres novos escreveu, em Agosta de 1992, o manifesto ‘Mais democracia, melbor democracia,’ onde criticava a subordinação da Igraja ao poder. Foi a gota de água para as tensões acumuladas: o bispo [D. Teodoro] distribuiu os contestatários por diferentes pontos da diocese, de modo a evitar que se reunissem e encontrassem tão frequentemente’”.

Jardim, a grande fraude, Ribeiro Cardoso – Caminho 2011, p174-175.

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