sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Camarate (21)

“Caso viesse a haver uma coligação no futuro, esta não poderia conter os três partidos. O PS poderia negociar com o PSD ou o CDS, mas deveria evitar ao máximo qualquer solução que implicasse a ida de comunistas para o governo. Essas eram, no funclo, as orientações dadas pelos alemães e americanos. Razão tinha então Sá Carneiro quando intuia que as decisões políticas de Mário Soares correspondiam às vontades de Frank Carlucci, e vice-versa. O embaixador dos EUA em Lisboa era já apelidado nos circuitos políticos nacionais  não apenas como ‘presidente honorário do PS’ mas chegara já ao posto de ‘Sua Excelência, o primeiro-ministro de Portugal’. 

Camarate, Sá Carneiro e as Armas para o Irão, por Frederico Duarte Carvalho, Planeta outubro 2012, p142-143.

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