Foto: Tim
Laman/National Geographic
A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, congratulou-se com o prolongamento do protocolo de Quioto até 2020, acordado em Doha, considerando muito positivo o resultado das negociações porque se reafirmou o compromisso de cumprir os objetivos que resultam da meta de redução de 20% na União Europeia. Porém, os signatários representam apenas 15 por cento das emissões mundiais, porque o Canadá, os Estados Unidos, o Japão, a Rússia e a Nova Zelândia não assumiram compromissos.
Esta cimeira, mais uma vez, evidenciou vários paradoxos. Organizada pelo Qatar, o lider mundial de emissões de carbono per capita, a cimeira pretendia chegar a um novo acordo sobre a luta contra o aquecimento global, que fixaria novas metas de redução de gases de efeito estufa e prolongaria até 2015 o protocolo de Quioto e acabou-se por adiar por cinco anos esse objetivo, e apenas responsabilizando 15% dos países (União Europeia, Austrália, Noruega, Islândia, Croácia, Kazaquiatão, Liechtenstein e Mónaco).
Esta cimeira acabou por repetir os falhanços registados nas cimeiras de Copenhaga (2009), Cancún (2010) e Durban (2011), sustentado pela falta de união e pela fraca liderança da União Europeia.
Persiste o impasse de países ricos que não querem ceder terreno e de países pobres que exigem muito mais compensações para as consequências do aquecimento global de que são vítimas.
Apesar das boas intenções manifestadas pelos líderes globais, o problema continua sendo a urgência imposta pela crise climática, que se agrava em velocidade inversamente proporcional às negociações diplomáticas.
Entretanto, esta cimeira custou mais 800 milhões de euros...
Sem comentários:
Enviar um comentário