A Arte de Furtar, Tomé Pinheiro Da Veiga/Padre António Vieira, p480 – Oficina de Martinho Schagen, Amsterdão 1744
Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
A Arte de Furtar (22)
“O melhor que há para achaque de unhas não há dúvida que é uma boa tesoura que as corte. E porque são muitas as que aqui se nos oferece, ofereço três tesouras que me parece bastarão para as cortar todas. (...) A primeira tesoura se chama Vigia porque é grande remédio para escapar de ladrões vigiá-los bem. Ladrão vigiado é conhecido e em se vendo descoberto encolhe as unhas. Esta vigia corre por conta dos Reis, que devem mandar às suas justiças que não durmam. Muito dormem as justiças de Lisboa e à sua imitação as de todo o Reino. Já não há uma vara que ronde de noite nem quem cace um milhafre e por isso as unhas andam tão soltas.”
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