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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

INCÊNDIOS FLORESTAIS: ESTATÍSTICAS OMITEM DOIS TERÇOS DOS EUCALIPTOS ARDIDOS

Foto: Rafael Marchante/Reuters
  • A Quercus denunciou que mais de dois terços das plantações de eucalipto que arderam em Portugal estão ocultas nas estatísticas nacionais devido a erros de classificação nos mapas oficiais, distorcendo a perceção pública e política sobre os incêndios. Por exemplo, os mapas do solo (COS/COSc) classificam eucaliptal jovem ou em regeneração como ‘mato’, ocultando, assim, a extensão real do eucalipto ardido. Por exemplo, no incêndio de Arouca (2024), embora a realidade mostre que 80% da área era eucaliptal, os dados oficiais referem 62% de ‘fogo de mato’, subestimando significativamente a área de eucalipto afetada. No incêndio de Pedrógão (EFFIS) os relatórios assinalam 80% de mato, quando, na realidade 90% eram eucaliptos jovens/em regeneração, o que distorce a causa e risco dos incêndios. A Quercus alerta que Portugal opera com uma narrativa oficial distorcida sobre a floresta, o que compromete a prevenção de incêndios, a avaliação ambiental e a definição de políticas públicas eficazes, colocando em risco a segurança de pessoas e bens. Para corrigir a situação, a Quercus propõe duas medidas principais: (1) Revisão urgente do protocolo de análise das cartas de uso do solo para garantir a identificação correta das espécies florestais e uma atualização mais próxima do tempo real; (2) Implementação de licenciamento obrigatório e georreferenciação em plataforma oficial do Estado para todas as novas plantações de eucalipto e outras espécies de rápido crescimento, permitindo uma monitorização transparente.
  • Renováveis garantem 74% da eletricidade produzida em Portugal em novembro. Fonte.

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