BICO CALADO

Chalinee Thirasupa/Reuters

• Os países estão a perder 492 mil milhões de dólares em impostos por ano devido a multinacionais e milionários que utilizam paraísos fiscais para não pagar impostos. 43% das perdas são permitidas pelos 8 países que continuam a opor-se a uma convenção fiscal da ONU: Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EUA, Israel, Japão, Nova Zelândia e Reino Unido. Fonte.

• “(…) Achei óptimo Boris Johnson ter dito que andamos a usar a Ucrânia para desgastar os russos. Ninguém tinha percebido ainda e estávamos todos convictos que o mundo em geral, e a Europa em particular, eram fãs da democracia ucraniana desde o 11 de setembro. (…) A Síria vai ser muito importante no estalar de espinhas, porque, a barricada que nos jura que Israel combate os terroristas do Hamas e do Hezbollah, dirá agora que Assad enfrenta os rebeldes. Apesar de serem não sei quantas facções do ISIS, nos próximos tempos, aquela rapaziada estará cheia de "rebeldes" e, com algum jeito, "combatentes da liberdade". Acho isso óptimo. Até porque a conversa de "condenar invasões" já me aborrece, uma vez que só é válida do mar vermelho para oeste. E os "rebeldes" do Afeganistão da década de 80 que passaram a terroristas depois do 9/11, já foi há muito tempo, a malta acabou por esquecer. (…) Seja lá qual for a tua barricada, já te deste ao trabalho de pensar que, em todos os conflitos do terceiro mundo, os vencedores são quase sempre os mesmos? Quem lucra, quem vende, quem constrói. E por acaso, os que morrem também são sempre os mesmos. Como é que alguém se senta num palácio de governo ou num estúdio de televisão, a defender soluções que significam, na prática, encomendar a morte para o pai de uma criança qualquer, é algo que decididamente não percebo. Alguém disse, não faço ideia quem, com o maior senso comum possível: o dia em que os ricos começarem a combater as suas próprias guerras, é o dia em que estas deixam de existir. Utopia, bem sei. Por mim já ficava contente se deixássemos de interferir na política dos outros países e não andássemos, eternamente, com a desculpa de "levar a democracia" para conseguir roubar os recursos naturais. Esta hipocrisia do que é certo ou errado consoante o regime que o apoia, dá-me a volta ao estômago. Venham de lá essas espinhas bem dobradas, agora com a Síria.” Tiago Franco.

• "Dezenas de milhares de terroristas das duas mais poderosas facções islamistas associadas à Al Qaeda que operam na Síria com o beneplácito dos EUA-NATO, de Israel e da Turquia quebraram a trégua da "guerra congelada" estabelecida em 2021 e atacam Alepo. A situação é grave, mas poderá ser estabilizada após a chegada de reforços do Exército Árabe Sírio e das milícias cristãs, bem como da ação decisiva da aviação russa. Uma vez mais, o Ocidente ao lado do terrorismo a investir contra um regime secular que é, paradoxalmente, o mais "ocidental" da região. Os terroristas foram sempre um precioso instrumento da política externa americana na região e um agente de caos que Israel utiliza para enfraquecer os estados vizinhos." Miguel Castelo Branco.

• O principal grupo de lóbi empresarial do Canadá está a recomendar cortes profundos nas despesas do governo para ajudar a pagar um aumento maciço do orçamento militar do Canadá. Fonte.

• "Donald Trump recebeu Sara Netanyahu, mulher do fugitivo da justiça internacional (e primeiro-ministro israelita) Benjamin Netanyahu, no seu clube de golfe na Florida, no domingo à noite - antes de publicar um tweet em letras maiúsculas ameaçando "TODO O INFERNO A PAGAR NO ORIENTE MÉDIO", na segunda-feira. A eles juntaram-se o seu filho, Yair Netanyahu, que está a evitar o serviço militar em Israel, e o senador Lindsey Graham, que propôs a criação de um emirado em Gaza liderado pelos Emirados Árabes Unidos e pelos sauditas. Sara Netanyahu descreveu o jantar como "caloroso e amigável"." Fonte.