quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Bico calado

  • "A atual onda de simpatia por Israel deveria deixar qualquer um com metade do coração infeliz. Não porque não seja horrível que civis israelitas estejam a morrer e a sofrer em tão grande número. Mas porque os civis palestinianos em Gaza têm enfrentado repetidos ataques de Israel, década após década, produzindo muito mais sofrimento, mas nunca suscitaram uma fração da preocupação atualmente expressa pelos políticos ou públicos ocidentais. A hipocrisia do Ocidente sobre os combatentes palestinos que mataram e feriram centenas de israelitas e mantiveram dezenas de outros reféns em comunidades dentro e fora da Faixa de Gaza sitiada é realmente gritante. Esta é a primeira vez que os palestinianos, enjaulados no enclave costeiro, conseguem infligir um ataque significativo contra Israel, vagamente comparável à selvageria que os palestinianos em Gaza têm enfrentado repetidamente desde que foram enterrados numa jaula desde 2007, quando Israel iniciou o seu bloqueio por terra, mar e ar. (...) O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas, que nominalmente administra a prisão ao ar livre de Gaza, de iniciar “uma guerra cruel e maligna”. Mas a verdade é que os palestinos não “começaram” nada. Eles conseguiram, depois de tanta luta, encontrar uma maneira de machucar o seu algoz. Inevitavelmente para os palestinianos, como também observou Netanyahu, “o preço será elevado” – especialmente para os civis. Israel infligirá aos prisioneiros o castigo mais severo pela sua imprudência. Vejam como será pouca a simpatia e preocupação por parte do Ocidente pelos muitos homens, mulheres e crianças palestinianos que serão novamente mortos por Israel. O seu imenso sofrimento será obscurecido e justificado como sendo “retaliação israelita”. Ninguém realmente se importou enquanto os palestinos de Gaza eram submetidos a um bloqueio imposto por Israel que lhes negava o essencial da vida. As poucas dezenas de israelitas mantidos como reféns por combatentes do Hamas são insignificantes em comparação com os dois milhões de palestinianos mantidos como reféns por Israel numa prisão ao ar livre durante quase duas décadas. Ninguém realmente se importou quando se descobriu que os palestinos de Gaza haviam sido submetidos a uma "dieta de fome" por Israel – apenas alimentos limitados eram permitidos, calculados para manter a população mal alimentada. Ninguém realmente se importou quando Israel bombardeou o enclave costeiro durante vários anos, matando muitas centenas de civis palestinos de cada vez. Israel chamava isso de “cortar a relva”. A destruição de vastas áreas de Gaza, aquilo de que os generais israelitas se vangloriavam de devolver o enclave à Idade da Pedra, foi formalizada como uma estratégia militar conhecida como a "doutrina Dahiya". Ninguém realmente se importou quando os snipers israelitas atacaram enfermeiras, jovens e pessoas em cadeiras de rodas que saíam para protestar contra a sua prisão por Israel. Muitos milhares de pessoas ficaram amputadas depois desses atiradores receberem ordens para atirar indiscriminadamente nas pernas ou tornozelos dos manifestantes. A preocupação ocidental com as mortes de civis israelitas às mãos de combatentes palestinianos é difícil de engolir. Não morreram muitas centenas de crianças palestinianas nos últimos 15 anos nas repetidas campanhas de bombardeamento de Israel em Gaza? As suas vidas não contaram tanto como as vidas israelitas – e se não, porque não? Depois de tanta indiferença durante tanto tempo, é difícil ouvir o súbito horror dos governos e dos media ocidentais porque os palestinianos finalmente encontraram uma forma – espelhando a política desumana de Israel, que dura há décadas – de reagir eficazmente. Este momento arranca a máscara e expõe o racismo indisfarçado que se disfarça de preocupação moral nas capitais ocidentais. Quem destila essa hipocrisia é Volodymr Zelenskiy, o presidente da Ucrânia. No fim de semana, ele emitiu um longo tweet condenando os palestinos como “terroristas” e oferecendo a Israel o seu apoio inabalável. Afirmou que “o direito de Israel à autodefesa é inquestionável”, acrescentando: “O mundo deve permanecer unido e solidário para que o terror não tente quebrar ou subjugar a vida em qualquer lugar e a qualquer momento”. A inversão da realidade é de bradar aos céus. Os palestinos não podem “subjugar a vida” em Israel. Eles não têm esse poder, mesmo que alguns tenham conseguido escapar da jaula por um breve período. É Israel quem subjuga a vida palestina há décadas. Nem todas as formas de “terrorismo”, ao que parece, são iguais aos olhos de Zelenskiy, ou dos seus patronos nas capitais ocidentais. Certamente, não o terrorismo de Estado de Israel que tornou a vida dos palestinianos numa miséria durante décadas. Como é que Israel tem o “direito inquestionável” de “defender-se” dos palestinianos cujo território ocupa e controla? Para aplicar a lógica de Zelenskiy, como é que a Rússia não tem então a mesma pretensão de estar a “defender-se” quando mata ucranianos que tentam libertar território da ocupação russa? (...) Então, com que base Zelenskiy ou os seus responsáveis ​​serão capazes de condenar Moscovo quando este dispara mísseis "em retaliação" aos ataques da Ucrânia em território russo? Se a resistência palestiniana à ocupação de Gaza por Israel é terrorismo, como afirma Zelenskiy, como é que a resistência ucraniana à ocupação russa não é igualmente terrorismo? (...)  Os governos ocidentais tão horrorizados com o ataque palestiniano a Israel são também os governos que permanecem em silêncio enquanto Israel desliga a eletricidade da prisão que é Gaza – novamente numa suposta “retaliação”. A punição coletiva de dois milhões de palestinianos em Gaza, dependentes de Israel para obter energia porque Israel cerca e controla todos os aspetos das suas vidas no enclave, é um crime de guerra. Estranhamente, as autoridades ocidentais entendem que é um crime de guerra quando a Rússia bombardeia centrais elétricas na Ucrânia, apagando as luzes. Gritam para que o presidente russo, Vladimir Putin, seja levado ao Tribunal Penal Internacional em Haia. Então porque é que lhes é tão difícil compreender os paralelos entre o que Israel está a fazer a Gaza? Há duas lições imediatas e contrastantes a serem tiradas com o que aconteceu neste fim de semana. A primeira é que o espírito humano não pode ficar enjaulado indefinidamente. Os palestinianos em Gaza têm estado constantemente a conceber novas formas de se libertarem das suas cadeias. Eles construíram uma rede de túneis, a maioria dos quais Israel localizou e destruiu. Eles dispararam misseis que são invariavelmente abatidos por sistemas de interceção cada vez mais sofisticados. Eles protestaram em massa contra as cercas fortificadas, encimadas por torres de canhão, com as quais Israel os cercou – apenas para serem alvejados por franco-atiradores. Agora encenaram uma fuga ousada. Israel voltará a submeter o enclave com bombardeamentos massivos, mas apenas “em retaliação”, claro. O desejo dos palestinos por liberdade e dignidade não diminuirá. Outra forma de resistência, sem dúvida ainda mais brutal, irá emergir. E as partes mais responsáveis ​​por essa brutalidade serão Israel e o Ocidente, que o apoia tão generosamente, porque Israel se recusa a parar de brutalizar os palestinianos que força a viver sob o seu domínio. A segunda lição é que Israel, constantemente tolerado pelos seus patronos ocidentais, ainda não tem incentivo para internalizar a verdade fundamental acima mencionada. A retórica do seu atual governo de fascistas e supremacistas judeus pode ser particularmente feia, mas existe um amplo consenso entre os israelitas de todas as faixas políticas de que os palestinianos devem continuar a ser oprimidos. É por isso que a chamada oposição não hesitará em apoiar o ataque militar ao enclave de Gaza, há muito sitiado, matando ainda mais civis palestinianos para "dar-lhes uma lição", uma lição que ninguém em Israel consegue articular, para além de afirmar que os palestinianos devem aceitar a sua inferioridade e prisão permanentes. Os “bons israelitas” – os líderes da oposição Yair Lapid e Benny Gantz – já estão em discussões com Netanyahu para se juntarem a ele num “governo de unidade de emergência”. Que "emergência"? A emergência dos palestinianos que exigem o direito de não viverem como prisioneiros na sua própria pátria. Os Israelitas e os Ocidentais podem continuar a sua ginástica mental para justificar a opressão dos Palestinianos e recusar-lhes qualquer direito de resistência. Mas a sua hipocrisia e auto-engano ficam expostos para o resto do mundo ver." Jonathan Cook, A hipocrisia do Ocidente em relação à fuga de Gaza é de revirar o estômago – MEM.

  • “(...) O que aconteceu na Palestina há dias e ainda está a acontecer foi mais um ataque-resposta dos palestinianos à ocupação do seu território por europeus de religião judaica, os mais pobres em geral, de que os vencedores da II Guerra Mundial, em particular os EUA e a URSS, com a prestimosa ajuda do Reino Unido, se quiseram livrar. Nos seus estados as comunidades judaicas nunca se haviam integrado, exceto os grandes comerciantes e banqueiros, e eram um corpo estranho a que seria vantajoso dar alforria e terra (Angola teve para ser a terra eleita dos judeus no século xx! E o rei D. Manuel já os havia expulsado de Portugal, no final do século xv, seguindo a opção dos reis católicos de Espanha). Para o efeito de atribuição da Palestina para instalar os seus judeus, os ocidentais utilizaram o belo argumento de recompensa pelos danos causados pelo nazismo e até pela santa inquisição. A ocupação da Palestina tem uma história conhecida de violência e de corrupção até o Estado de Israel se transformar no que é: um estado teocrático, governado por um grupo que entende que só o domínio efetivo e total por judeus do território que ocupam garante a sua sobrevivência. Contam com o apoio dos EUA, que tomou Israel como o seu joker estratégico para o Médio Oriente e para o domínio das fontes de petróleo, mas também da Rússia, que enviou um forte contingente de colonos fundadores, asquenazes, que trocam informações e saberes com a grande comunidade judaica que se mantem em Moscovo e São Petesburgo, e tem um papel importante na ciência e no comércio internacional russos, também da Arábia Saudita e da União Europeia. Israel existe devido à sua localização estratégica e ao capital humano que promove saberes/conhecimento de altíssimo valor acrescentado na área das tecnologias de ponta, da informação, do espacial, da medicina, todas de duplo uso, civil-militar, garante ainda a ligação ao comércio de diamantes e de metais raros e ao sistema financeiro mundial. Por fornecer todos estes bens, e ter uma importância estratégica para o sistema de poder ocidental (o que inclui tanto os Estados Unidos como a Rússia) o Estado de Israel foi dotado capacidade militar nuclear e goza dos favores do mundo, que lhe asseguram a impunidade. A propósito do muito proclamado êxito da agricultura israelita. É uma falácia. A agricultura israelita produz colonos e colonatos que justificam a ocupação de terras dos palestinianos. As laranjas israelitas são um produto publicitário da extensão da ocupação de território pela força. A acompanhar os colonos encontram-se sempre os militares israelitas! Para continuar a desempenhar o seu papel de “polícia mau” do Ocidente, Israel tem de dispor da plena soberania do seu território e concentrar os seus recursos ofensivos nos inimigos externos. O que significa que os palestinianos, o resto dos povos semitas que permaneceram na Palestina ao longo dos séculos e que se converteram ao islamismo, integrando vários impérios, não têm ali lugar. Têm de ser eliminados e é isso que têm estado a ser. A comunidade palestiniana não tem lugar no Estado de Israel. Qualificar qualquer ato de resistência à eliminação de terrorismo faz parte da Palestina faz parte do beaba da propaganda que serve esse objetivo. Há sempre boas almas a aliviarem a consciência com essas proclamações e uma massiva campanha de manipulação assegura o apoio generalizado aos fins não declarados de defender um forte Estado vassalo do Ocidente no Médio Oriente. A proposta de dois estados é uma falácia sem qualquer possibilidade de existência, não apenas porque as duas comunidades, a palestiniana e a judaica, não têm qualquer ponto de contacto e possibilidade de convivência, mas porque essa solução não serve a nenhum dos poderes fáticos. A quem interessa um estado palestiniano? Aos que ali instalariam bases de ataque a Israel. O estado palestiniano desempenharia para Israel o mesmo que a Ucrânia para a Rússia. Mas há quem defenda sem pestanejar e com o mesmo vigor o “direito à soberania absoluta da Ucrânia contra a Rússia invasora” e defenda o direito de Israel a impedir que os palestinianos sejam os zelenskis e os “azofes” do Médio Oriente e que considere uns heroicos nacionalistas e outros execráveis terroristas. A chamada moralidade “à la carte”! De facto, não há lugar a um estado palestiniano e a moralidade é sempre hipócrita. O estado de Israel, com os falcões e os fanáticos reunidos à volta da Netanyahu, ou com as pombas que contestam o seu projeto de Estado totalitário, eliminará os palestinianos. É da natureza e os europeus são históricos praticantes do método de eliminar autóctones para lhes ocuparem o território. O que os israelitas vão (estão) a fazer aos palestinianos é um pormenor, uma coisa pouca, quando comparado com o que os europeus fizeram a todo um continente, o americano, eliminando indígenas e culturas desde o Alasca, a Norte, à Terra do Fogo, no Sul. Os palestinianos que sobreviverem viverão como os índios em reservas. É este o destino que o Ocidente lhes reserva e sabe como fazê-lo. Entretanto, a propaganda faz o seu papel, tocando em várias escalas, rotula como terroristas a generalidade dos palestinianos , dividi-os entre bons, os que morrem, e maus, o Hamas e o Hezbolah, os que lutam, acusa diabólicos aliados (o Irão). Todos sabem que os palestinianos vão ser eliminados como pragas que se matam com um inseticida.” Carlos Matos Gomes, A realidade dos interesses e a hipocrisia do moralismo de conveniência — Palestina - Medium.

  • “(...)Tal como a entidade sionista faz a Gaza, cercando o território com muros, empilhando uma vasta massa humana num território minúsculo, sem saneamento básico, saúde pública, no qual prolifera a doença, utilizando o processo que usaram os fascistas argentinos com os negros, ou os nazis de Hitler com judeus, comunistas, eslavos russos ou ciganos, também o regime de Poroshenko, e depois de Zelensky, o tentaram fazer com os povos do Donbass, cercando-os sob a ameaça de um “blitzkrieg”, privando-os de água, electricidade, comunicações, combustível e alimentos. Hoje, a autoridade sionista prepara a solução final, que Hitler também preconizou contra o povo judeu, e Zelensky preconizou – e não alcançou – contra os povos do Donbass. Neste momento, Gaza já está cercada por todos os lados e a sua população privada de água, electricidade e alimentos. E porquê? Porque tiveram o desplante – veja-se só – de tentarem repudiar e rechaçar uma ocupação bárbara e um apartheid tirânico que compete na selvajaria com o apartheid original Sul Africano. (...)Tal como as forças de Kiev bombardeiam diariamente zonas civis da Crimeia e do Donbass, desde 2014, sem intenção de atingir qualquer alvo militar, apenas com o intuito de não deixar descansar, não deixar criar-se uma aparência de normalidade, para que essas pessoas, aos poucos, ou morram ou fujam; também o poder sionista faz isto na Cisjordânia, em Gaza, no Irão, na Síria, no Líbano, há dezenas de anos, bombardeando o que lhe apetece, quando lhe apetece, para punir e demonstrar arrogantemente a força do seu bárbaro e indiscriminado poder. Quem condena a reacção russa à situação no Donbass, à nazificação da Ucrânia (hoje absolutamente exposta) e à entrada da NATO no território, são os mesmos que condenam a reacção do povo palestino, como são os mesmos – coincidência das coincidências – que criticam a explosão de violência latente em revoluções sociais progressistas. Curiosamente, tais gentes, são incapazes, ao mesmo tempo, de condenar a violência da ocupação que gera a resposta armada e desesperada, na Palestina; o fascismo, intolerância e ameaça latente que justificou a Operação Especial Militar; ou, a violência da repressão económica, política, social e cultural que o neoliberalismo, o fascismo, impõem aos povos que se revoltam. Uns e outros, são os mesmos! Nominalmente. Sejam os chefes, sejam os servidores. Os mesmos que acusam o mártir povo palestino de ser “terrorista”, quando se defende, tornando as vítimas em agressores, são os mesmos que tornam os agressores em vítimas na Ucrânia, e as vítimas em “rebeldes pró-russos” ou invasores. São, também, os mesmos que usam os povos, como o ucraniano, como carne para canhão das suas pretensões hegemónicas. No caso ucraniano, para dominarem e colocarem de joelhos a Europa e se apoderarem do Mar Negro, para poderem controlar a Eurásia e destruir a Rússia como nação, apoderando-se de dezenas de triliões em recursos naturais; no caso sionista, para controlarem a região do planeta com mais recursos petrolíferos, que suportam – ainda – a sua falsa moeda de papel. (...)Se ontem o invasor era agressor e o invadido era vítima; hoje, a vítima é o invasor e o agressor é o invadido. Eis como funciona a credibilidade dos órgãos de comunicação social corporativa. É só a CIA comandar o algoritmo e agulha muda da noite para o dia. Todos, sem excepção, tratam a questão da seguinte forma: o povo israelita merece toda a consideração e defesa, os outros são terroristas. E assim invertem o pólo e os papéis, consoante as necessidades, sem pudor algum de inverterem, matemática e fisicamente, as equações em jogo. Não interessa a ordem de valores… À casa…. Sai sempre! O dono do casino, nunca perde! O fiel do dono, é sempre vítima! É sempre protegido. Foi assim que a comunicação social corporativa apresentou a coisa quando os EUA trataram, como trataram os seus escravos, os povos indígenas, os palestinos, os latino-americanos que se defendem, como os povos de Cuba, Venezuela ou Nicarágua. É assim que tratam das coisas quando é o povo da Coreia Popular, é assim que “informaram” quando os EUA destruíram Líbia, Síria, Vietname, Iraque, Iémen… já estou sem fôlego! Como pode, então, alguém, na posse da sua sanidade mental e posicionando-se seriamente na avaliação que faz dos processos históricos em andamento, considerar que, na Ucrânia, um ataque aos russos é uma “contraofensiva”, e que na Palestina, um ataque de forças palestinas ao território ocupado pelo poder sionista, é um “acto terrorista”? Um ataque das forças do regime de Kiev a território russo é uma “retaliação justa” pela ofensiva que esses fazem no seu território; na Palestina, um ataque das forças palestinas ao território ocupado, passa a ser um “acto terrorista”. Como é que, no Donbass, o controlo e adesão dos territórios à Federação russa, é uma “anexação”, uma “ocupação” e na Palestina, a ocupação de territórios originalmente palestinos, chamam-lhe “estado de Israel”? Na Ucrânia, as intenções russas de ocupação de territórios, para além do Donbass, são vistas como “invasão”, “bárbara ocupação”, “roubo”, “violação da carta da ONU”; na palestina, à anexação de novos territórios, pelo poder sionista, atribuem-lhe o nome de “colonatos”. (...)" Hugo Dionísio, Farinha do mesmo saco – via Estátua de sal.

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