Bico calado

• Dona do Pingo Doce recusa pagar taxa e acumula 32 milhões de dívida ao Estado. Em causa está a taxa de segurança alimentar cobrada às grandes superfícies. Há 11 anos que a Jerónimo Martins se recusa a pagar, arrastando processos nos tribunais e junto da Comissão Europeia. Esquerda.

• O Grupo Solverde atribuiu mais de 113 milhões de euros nos seus casinos. Fonte. A melhor propaganda é aquela que omite ou esconde os lucros.

• O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair foi criticado por um membro do público por se locupletar financeiramente de empresas que lucraram com a invasão e ocupação do Iraque em 2003. Video.

• China entrega 1.042 toneladas de arroz a Cabo Verde orçadas em 1,2ME. Lusa/Agroportal. Porque é que o título insere ‘entrega’ em vez de ‘oferece’ ou 'doa'? Leia a notícia e tire conclusões.

• Bernard Jean Étienne Arnault é um empresário francês, atual presidente e diretor executivo da LVMH, a maior empresa de artigos de luxo do mundo, atualmente a pessoa mais rica do mundo, tendo ultrapassando Elon Musk em dezembro de 2022. Bernard Arnault não é um doador generoso que o governo deveria felicitar, mas sim um evasão fiscal! Obriguem-no a pagar a sua parte justa nos impostos! o ParadisePapers revelou que ele possui ativos em 6 paraísos fiscais: Luxemburgo, Ilhas Virgens, Jersey...: Attac France.

• Mortes na Base Aérea de Tinker, Oklahoma: 17 pessoas mortas em 2023, militares recusam revelar as causas. Uma investigação sugeriu mortes ligadas à base este ano, incluindo potenciais vítimas da Covid-19 e suicídios. STEPHEN M. LEPORE, Daily Mail.

• “Ivan Anglin (que viria a ser deportado da Grã-Bretanha no final da década de 1990, após trinta e cinco anos de residência) descreveu-me como, na escola primária da sua aldeia na Jamaica, nas décadas de 1930 e 40, cantava ‘God Save the King’ e, mais tarde, ‘God Save the Queen’ e, ocasionalmente, ‘Rule, Britannia!’ com a frase: ‘Os britânicos nunca serão escravos’. Tendo em conta os séculos de escravatura imposta pela Grã-Bretanha aos trabalhadores das plantações da Jamaica, era estranho obrigar as crianças a cantar, mas Ivan só se apercebeu da estranheza da situação mais tarde, ao ver documentários televisivos sobre a escravatura. Tínhamos de cantar todas aquelas canções patrióticas. Não tínhamos escolha, só fazíamos o que o professor nos mandava", conta. Ensinaram-nos que a Inglaterra era a Mãe-Pátria; não sabíamos o que isso significava'". Amelia Gentleman, The Windrush betrayal – Guardian Faber 2019, pp 107-108. Trad. OLima.