Que católicos,
que solidários são estes portugueses.
- Álvaro Covões, promotor de espetáculos, vai prestar apoio no planeamento logístico e na organização dos eventos da Jornada Mundial da Juventude. Se foi ou não contratado, nem a autarquia nem o próprio esclarecem. SIC/Expresso.
- Tucker Carlson, o campeão de audiências televisivas nos EUA, entretém-nas com as suas tiradas radicais e populistas contra alguns poderosos. Mas diz quem o investigou, que tem ligações profundas com o governo e secreta norte-americana. ALAN MACLEOD, MPN.
- «Nasser não seria um fantoche anglo-americano. Em finais de 1955, aceitou a ajuda soviética através de um negócio de armas com a Checoslováquia, alterando o equilíbrio das regiões do Médio Oriente no cenário da Guerra Fria. O governo de [Anthnony] Eden inverteu a sua estratégia conciliatória, apesar de razões diplomáticas, e avançou para a invasão. Nasser e o Eden encontraram-se uma vez, e o primeiro-ministro comportou-se "como um príncipe a lidar com vagabundos", de acordo com o seu homólogo egípcio. Depois, em julho de 1956, quando a Grã-Bretanha retirou as suas últimas tropas da base do Suez, Nasser nacionalizou a Companhia do Canal do Suez, o último vestígio do legado colonial no Egito. Esta decisão foi motivada pelos americanos e britânicos, que, dias antes, tinham retirado a sua promessa de financiar a Barragem do Alto de Assuão. Com dois terços do fornecimento de petróleo da Europa em risco, a Grã-Bretanha voltou a defender a invasão. (…) Eden era agora "violentamente anti-Nasser", comparando-o a Mussolini, de acordo com a sua secretária pessoal. George Bolton, do Banco de Inglaterra, também lançou o alarme. "Sinto que a situação criada pelo governo egípcio", escreveu Bolton, "põe em perigo a sobrevivência do Reino Unido e da Commonwealth", e representa um perigo muito grande para os libras esterlinas". O Chanceler do Tesouro Harold Macmillan pensou que Nasser iria bloquear o canal caso a Grã-Bretanha invadisse, mas ele estava otimista com o apoio contínuo do dólar americano ao abastecimento alternativo de petróleo latino-americano. No final, a Grã-Bretanha concluiou-se com a França e Israel para lançar uma expedição, deixando os americanos de fora. "Devíamos avisá-los imediatamente", explodiu Eisenhower quando soube do subterfúgio dos seus aliados, "que reconhecemos que muito está do seu lado nesta disputa com os egípcios, mas que nada justifica a dupla traição que nos fizeram". A invasão do Suez transformou-se rapidamente na crise do Suez. A confiança na libra foi abalada quando os homens de Nasser bloquearam o canal e sabotaram oleodutos cruciais, ameaçando receitas de exportação de petróleo que atraía a tão necessária libra esterlina e precipitando uma corrida maciça à libra. Com as reservas da libra esterlina a diminuir, Macmillan sugeriu dois cenários: A Grã-Bretanha poderia fazer flutuar a sua moeda, o que seria "uma catástrofe que afetaria não só o custo de vida [britânico] mas também ... todas as nossas relações económicas externas, ou pedir aos americanos mais um resgate”. Eisenhower resgatou a libra com mil milhões de dólares do FMI e do Banco de Exportação-Importação só depois de [Anthony]Eden ter concordado em retirar-se do Egito. Nasser tornava-se um herói pan-árabe da noite para o dia, enquanto este imenso fiasco derrubava o primeiro-ministro [britânico] Eden.» Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, pp 593-595.
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